Novela em sala de aula: a utilização de “Escrava Isaura” em uma proposta de aula-oficina
DOI:
https://doi.org/10.5433/2238-3018.2012v18nespp31Palavras-chave:
Ensino de História, Educação histórica, Aula-oficina, Escravidão, NovelaResumo
O objetivo deste texto é apresentar os resultados de uma atividade, desenvolvida pelo PIBID/história – UEL, que consistiu em uma intervenção em escolas, nas quais são desenvolvidos os trabalhos do PIBID. Foram realizadas aulas-oficina (BARCA, 2004) levando em consideração uma perspectiva de ensino de História que tem como propósito o desenvolvimento do pensamento histórico (RUSEN, 2001) em detrimento de modelos que se pautam na transmissão de conteúdos, que seriam, em tese, assimilados pelos alunos. Assim, as aulas foram estruturadas tendo em vista a necessidade de trazer documentos históricos para o contexto de sala de aula. Também tentei estabelecer um diálogo com elementos que envolvem o aluno no presente, partindo do pressuposto de que o ensino de história efetiva-se ao possuir uma utilidade prática para a vida (RUSEN, 2001). Nesse sentido, ao desenvolver a temática da escravidão no Brasil, optei por utilizar como fonte histórica a novela “Escrava Isaura”, transmitida entre 1975 e 1976, enquanto uma linguagem ainda atual, e documentos históricos situados no período abordado pelo seu enredo. A proposta objetivou contrapor as representações construídas sobre a escravidão doméstica, em torno da personagem Isaura, com as fontes históricas do período, visando incentivar uma perspectiva crítica em relação às novelas históricas. As aulas também serviram para proporcionar a reflexão em torno de conceitos históricos de segunda ordem (LEE, 2001), tais como o de fonte histórica e anacronismo.
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Referências
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