A metáfora estrutural do conto Champavert, le lycanthrope (1833), de Pétrus Borel (1809-1859)
DOI:
https://doi.org/10.5433/1519-5392.2016v16n2p221Palavras-chave:
Metáfora, Grotesco, Pétrus BorelResumo
O presente trabalho tem como foco de análise a composição da cenografia enunciativa (MAINGUENEAU, 2006) do conto Champavert, le lycanthrope (1833), escrito por Pétrus Borel, representante legítimo do romantismo frenético francês. A problemática central deste artigo vincula-se à saturação de metáforas do grotesco no conto em questão, em sua relação com a identidade enunciativa do autor. As metáforas que permeiam o conto Champavert, le lycanthrope referem-se às temáticas grotescas da metamorfose e da oposição ser-parecer. Essas metáforas tecem e orientam a legibilidade da narrativa (GENETTE, 1972, 1991), indiciando estratégias na composição de sua cenografia enunciativa. O processo de análise textual desvela o potencial estruturante e estrutural da metáfora da sociedade como um charco, enquanto “fio analógico condutor” (BORDAS, 2003) do conto selecionado.Downloads
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