Territórios afetivos

mechas de cabelos em exposições históricas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-9126.2024.v18.50973

Palavras-chave:

Imperatriz Leopoldina, Cabelos, Exposição, Museu de História, Gênero

Resumo

No século XIX, o hábito de guardar mechas de cabelos de entes queridos se transformou em moda. O gesto de afeto, comumente realizado por mulheres brancas das elites europeias, produziu uma variedade de artefatos de uso pessoal, muitas vezes associados a fotografias, e incentivou o desenvolvimento de um forte comércio de obras artesanais com cabelos. A trajetória das mechas de cabelos da imperatriz Leopoldina começa nesse circuito privado e termina com sua exibição no Museu Paulista, a partir da década de 1930. O deslocamento das experiências emocionais, motivadas pelos cabelos, da esfera privada para a esfera pública das representações de natureza geopolíticas pretendia estimular, nos visitantes do Museu, o reconhecimento da importância feminina na vida nacional; porém, represando a força do engajamento afetivo nos limites da seara doméstica.

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Biografia do Autor

Vânia Carneiro de Carvalho, Universidade de São Paulo

Doutora em História Social pela FFLCH-USP, SP/SP, credenciada no Programa de Pós-graduação em História Social, FFLCH-USP, SP/SP e no Programa de Pós-graduação em Museologia, MAE-USP, SP/SP, docente do Museu Paulista-USP, SP/SP. Email: vcarvalh@usp.br. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3840-8987

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Publicado

2024-12-01

Como Citar

Carvalho, V. C. de. (2024). Territórios afetivos : mechas de cabelos em exposições históricas. Domínios Da Imagem, 18, 1–27. https://doi.org/10.5433/2237-9126.2024.v18.50973