Marcar ganado, marcar la memoria
Una heráldica masculina y "sertaneja" entre las élites ganaderas del noreste
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-9126.2024.v18.50573Palabras clave:
Élite ganadera, Hierros para ganado, Memoria, Masculinidad, NoresteResumen
El artículo analiza las marcas de hierro para ganado que se han convertido en patrimonio de la élite ganadera del noreste. Toma como fuente las obras Ferros do Cariri: uma heraldria sertaneja, de Ariano Vilar Suassuna (1974); Hierros de la Ribera de Rio Grande do Norte, de Oswaldo Lamartine Faria (1984); y Escudos Rudos: hierro y fuego de marcas ancestrales, de Virgílio Maia (2004). Busca comprender los significados que orientaron el registro de hierros familiares y haciendas centenarias en Paraíba, Rio Grande do Norte y Ceará. La investigación va en dos direcciones. Primero: las obras buscan consagrar la ganadería nororiental como un lugar de memoria para ser exaltado y "rescatado". Segundo: cómo las picanas, en su día herramientas para la actividad económica, se convirtieron en "heráldica", símbolos conmemorativos que marcan el parentesco. Se analizan extractos de libros en los que el hierro se "hereda" en un ritual de transferencia masculino: de padres a hijos, de tíos a sobrinos, de abuelos a nietos. En las conclusiones, el artículo discute cómo la memoria de los hierros opera precisamente en las últimas décadas del siglo XX: un momento en que, a nivel económico y simbólico, fracciones de la elite ganadera del Nordeste sufren la amenaza de la descalificación y la pérdida de prestigio.
Descargas
Citas
ALBUQUERQUE JR., Durval. A feira dos mitos: fabricação do folclore e da cultura popular (Nordeste 1920-1950). São Paulo: Intermeios, 2013a
ALBUQUERQUE JR., Durval. O morto vestido para um ato inaugural: procedimentos e práticas dos estudos de folclore e cultura popular. São Paulo: Intermeios, 2013b
ALBUQUERQUE JR., Durval. Nordestino: invenção do "falo": uma história do gênero masculino (1920-1940). São Paulo: Intermeios, 2013c
ALBUQUERQUE LIMA, Silvio Júlio. Marcas de gado usadas no Ceará. In ALBUQUERQUE LIMA, Silvio Júlio: Terra e povo no Ceará. 2ª Edição, Rio de Janeiro: Continente Editorial, 1978, p. 165-187
ANDRADE, Luiz.; CRISPIM BEZERRA, Cristiane.; FERNANDES LIMA, Ebbe.; DA SILVA BARBOSA, Patrícia. As mulheres sertanejas do século XIX e sua representação no game Árida: Backland's Awakening. Domínios Da Imagem, v. 15, n. 29, 2022, p. 60-79.
ANDRADE, Manuel Correa. A terra e o homem no Nordeste: contribuição ao estudo da questão agrária no Nordeste, São Paulo: 8 ed, Editora Cortez, 2011.
ARAUJO, Douglas. A morte do sertão antigo do Seridó: desmoronamento das fazendas agropecuaristas em Caicó e Florânia (1970-90). Fortaleza: Banco do Nordeste, 2006
ARNONI, Rafael. A tradição das marcas de gado nos Campos Neutrais, RS/ Brasil. 2013. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Pelotas, 2013
BACELAR, Tânia. Economia do semiárido: a crise como oportunidade. Revista Coletiva, n.15, jan-abr, 2011.p. 5-19.
BRAGA NETO, Edgar. A estrutura de prestígio dos moradores na reconstrução do "tempo do algodão". Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, n. 2, v. 31, 2023, p. 1-30.
CAMPOS, Natércia. Conversas em pé de alpendre. In: SEREJO, Vicente.; VIANA, Graco.; MACEDO. Helton. (Orgs.) Sertão de Oswaldo Lamartine (volume 5). Natal: EDUFRN, 2022, p. 19-108.
CASTRO, Iná. O mito da necessidade: discurso e prática do regionalismo nordestino. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992.
CPT- CEPAC - IBASE, O genocídio do Nordeste 1979-1983, São Paulo: Mandacaru, 1989.
DINIZ, Natália. Um sertão entre tantos outros. 1. ed. São Paulo: Versal Editores, 2015.
DIMITROV, Eduardo. O Brasil dos espertos: uma análise da construção social de Ariano Suassuna como criador e criatura. São Paulo: Alameda, 2011.
DUQUÉ, Ghislaine. Estrutura fundiária e pequena produção: um estudo de caso no Cariri Paraibano. Revista Raízes, Campina Grande: n 4-5, jan-dez, 1985, p.168-196.
FERREIRA, Aderaldo. Tradições ruralistas: marcas de gado, experiências, clima e outras histórias. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 1999.
GARCIA JR. Afrânio. Os vice-reis do Norte: reconversão de elites agrárias e a Revolução de 1930 (1920-1964). Revista de Ciências Sociais, UFC, v. 38 (02), 2007, p. 74-87.
GUERRA, Lucia. Raízes da Indústria da seca: o caso da Paraíba. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 1993
HEYMANN, Luciana. Memórias de Elite: arquivos, instituições e projetos memoriais. Revista Pós Ciências Sociais, UFMA, v.8, n.15, jan-jun, 2011, p. 77-95.
FARIA, Oswaldo Lamartine de. Ferro de Ribeiras do Rio Grande do Norte. Coleção Mossoroense, Série C, 1984
LIBANIO DE ALMADA, Daniela. A estética armorial dos ferros-de-marcar na obra de Ariano Suassuna e Manuel Dantas. Plural Pluriel, v. 1, 2018, p. 1-13
MACEDO, José Norberto. Fazendas de gado do vale do São Francisco.n 3, Rio de Janeiro: Serviço de Informação Agrícola/Documentário da vida rural, 1952
MACEDO, Muyrakytan. Rústicos cabedais: patrimônio e cotidiano familiar dos sertões da pecuária (Seridó - Século XVIII). Natal: Sol Negro, 2021
MAIA, Kaliane. CUNHA, Luís Henrique. Narrativas sobre a grande propriedade pecuária do sertão nordestino: território da pecuária, do latifúndio e das oligarquias. Revista Raízes, UFCG, v.35, n.2, Jul-Dez, 2015, p. 84-100.
MAIA, Virgílio. Rudes Brasões: ferro e fogo nas marcas avoengas. Cotia, São Paulo: Ateliê Editorial, 2004.
MENESES, Valdênio. "Saudade e rusticidade": a convivência com o semiárido entre grandes pecuaristas do Nordeste. Sociologias, n. 22, v. 55, 2020, p. 354-380.
MENEZES, Marilda. Introdução. In MENEZES, Marilda; SANTOS JÚNIOR, Jaime. Tecendo vidas e sonhos: história oral de agricultores (as)do sertão paraibano e trabalhadores (as) do ABC paulista. Paco Editorial, Campina Grande: 2024, p. 23-31
MONTEIRO, José Marciano. A política como negócio de família: para uma sociologia das elites e do poder político familiar. São Paulo: Liberars, 2016.
MOREIRA, Gislene. nova cara do sertão: provocações sobre juventude e cultura contemporânea. In: FREIRE, Alberto. (Orgs.). Culturas dos Sertões. Salvador: Edufba. 2014, p. 227-244.
NOGUEIRA, Maria Aparecida. O cabreiro tresmalhado: Ariano Suassuna e a universalidade da cultura. São Paulo: Palas Athena, 2002.
NORA, Pierre. Entre história e memória: a problemática dos lugares. Proj, História, São Paulo: v.10, dez, 1993, p. 1-22
OLIVEIRA, Iranilson Burity de. Sou deste chão! Marcas de ferrar gado, práticas e (in)sensibilidades na educação do homem do Nordeste. Saeculum, v. 37, 2017, p. 97-110
PAES, Daniela. 2012 Sob os signos das boiadas: as marcas de ferrar gado que povoam o sertão paraibano. Dissertação apresentada no mestrado profissional (preservação do patrimônio cultural). IPHAN, Rio de Janeiro, 2012.
PICCIN, Marcos. Acesso a posições pela elite estancieira gaúcha: trajetórias sociais e investimentos escolares. Tempo Social, Revista de Sociologia da USP, v.27, n.2, 2015, p. 305-328.
PINÇON, Michel; PINÇON-CHARLOT, Monique. Grandes Fortunes: dynasties familiales et formes de richesse em France. Paris: Payot & Rivages, 2006
SANTOS, Caroline. A disputa do imaginário: as representações do cangaço no cinema nacional (1950). Domínios Da Imagem, v.4, n.6, 2010, p. 67-74.
SILVA, Ana Cristina. Gênero como sertão, veredas em construção: filme, minissérie e livro. Domínios Da Imagem, v. 11, n.20, 2017, p. 154-176.
SUASSUNA, Ariano. Ferros do Cariri: uma heráldica sertaneja. Editora Guariba, Recife: 1974.
SUASSUNA, Ariano. Oswaldo Lamartine e eu. In: SEREJO, V.; VIANA, G.; MACEDO. H. (Orgs.). Sertão de Oswaldo Lamartine (vol. 3). Natal: EDUFRN, 2022, p. 13-14.
TAVARES, Braulio. ABC de Ariano Suassuna. Rio de Janeiro: Ed. Jose Olympio, 2007.
SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. A formação social da miséria: Porto da Folha no Sertão do São Francisco (1820-1920). Rio de Janeiro: Autografia, 2018.
VIEIRA, Daniel Imagens fiéis da terra: paisagem e regionalismo na recepção às obras de Frans Post pela cultura visual de Pernambuco, 1925-1937. Domínios Da Imagem, v. 3, n.4, 2014, p. 19-32.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Valdenio FreitasDomínios da Imagen adopta la Licencia Internacional Creative Commons Atribución 4.0, por lo tanto, los derechos de autor relativos a los artículos publicados pertenecen al autor(es), quienes otorgan a la revista el derecho exclusivo de primera publicación.
Bajo esta licencia usted puede: Compartir - copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato. Adaptar: remezclar, transformar y desarrollar sobre el material, otorgando el crédito correspondiente, proporcionando un enlace a la licencia e indicando si se realizaron cambios.







Las obras de esta publicación tienen licencia Creative Commons.