A participação de mulheres nos círculos gnósticos cristãos nos séculos II e III
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2013v6n11p335Palavras-chave:
Gnosticismo, Mulheres, IgrejaResumo
O presente trabalho tem por objetivo refletir acerca da participação das mulheres nos movimentos gnósticos cristãos nos séculos II e III. Para tanto tomamos como fontes os relatos dos heresiólogos Irineu de Lião e Tertuliano, os quais em suas obras apresentam uma grande preocupação com relação à participação de mulheres nos círculos gnósticos. Em contraponto a essas visões, utilizaremos os textos gnósticos descobertos em Nag Hammadi no ano de 1945. Estes escritos nos apresentam várias imagens femininas. Estas aparecem desde o ato da criação, ou aparecem como símbolos de sabedoria em oposição à visão ortodoxa que pensava Deus apenas em termos masculinos. Para refletirmos sobre a participação das mulheres nos círculos gnósticos recorreremos às elaborações de Ginzburg (1989; 2005) sobre o paradigma indiciário e circularidade cultural e de Chartier (1992, 2001) sobre a história da leitura. Também buscamos os estudos de Foucault (1984; 1985; 2006) e Brown (1988) sobre os diversos discursos do corpo na Antiguidade Cristã. Ao analisarmos os discursos de Irineu de Lião e Tertuliano, fomos percebendo que muitas mulheres que circulavam na Igreja e nos círculos gnósticos entravam em contato com diversos textos religiosos e práticas ritualísticas. Por outro lado, percebemos que a participação das mulheres nesses movimentos não implicava em uma relação de igualdade, mas sim, de absorção do elemento feminino numa perspectiva de redenção.Downloads
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