Memória e Liberdade
Cartas de Internos de Instituições Psiquiátricas (Cidade do México, anos 1910 / São Paulo, anos 1930)
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2024v17n33p350-383Palabras clave:
Correspondência, Memória, Ditadura, Manicomio General La Castañeda, Sanatório PinelResumen
En este artículo pretendemos reevaluar las experiencias de los internos del Hospital General Mental La Castañeda (Ciudad de México) en la década de 1910 y del Sanatorio Pinel (São Paulo) en la década de 1930. Se recurre a la correspondencia entre los pacientes y sus familiares y el personal, a los registros autobiográficos, así como a las historias clínicas y a la prensa escrita. El análisis de las prácticas de construcción política de la libertad en territorios de memoria marcados por la violencia durante diferentes períodos de dictadura en América Latina (Porfirio Díaz y Getúlio Vargas) apuntó a la resistencia tanto dentro como fuera de esas instituciones. A partir de distintos lugares y momentos de articulación entre el saber médico racional y las formas de control del espacio social y político, hemos intentado destacar contradicciones, sueños y anhelos humanos que apuntan a otras posibilidades históricas.
Descargas
Citas
AGAMBEN, Giorgio. Infância e história: destruição da experiência e origem da história. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
AGOSTONI, Claudia; SPECKMAN, Elisa. Modernidad, tradición y alteridade: la ciudad de México enel cambio delsiglo (XIX y XX). México: Universidad Nacional Autónoma de México, 2001.
ALLIER MONTAÑO, Eugenia; CRENZEL, Emílio (coord.) Las luchas por la memoria en América Latina. Historiareciente y violencia política. México: Bonilla Artigas: Editores UNAM: Instituto de Investigaciones Sociales, 2015.
ALTMANN, Werner. A rebelião indígena de Chiapas: anti-neoliberalismo orgânico da América Latina. In: BARSOTTI, Paulo; PERICÁS, Luiz Bernardo (org.). América Latina história, ideias e revolução. São Paulo: Xamã, 1998. p. 183-203.
APESP- ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Catálogo Sanatório Pinel 1929 – 1944. São Paulo: APESP. 1944. v. 1.
ARBEX, Daniela. Holocausto Brasileiro. São Paulo: Geração Editorial, 2013.
ARTAUD, Antonin. Ouvres Complètes (Cahiers de Rodez). Paris: Gallimard, 1985. t. 20.
ASSIS, Machado de. O alienista. São Paulo: Ática, 1985.
BARRETO, Lima. Diário do Hospício e o cemitério dos vivos. São Paulo: Cia das Letras, 2017.
BASAGLIA, Franco. A instituição negada: relato de um hospital psiquiátrico. Rio de Janeiro, Graal, 1985.
BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de História. In: BENJAMIN, Walter. Obras Escolhidas: magia e técnica, arte e política: ensaios sobre Literatura e História da Cultura. São Paulo: Brasiliense, 1996. p. 222-232.
BRASIL. Comissão Nacional da Verdade. Mortos e desaparecidos políticos. Brasília: CNV, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas. Saúde Mental em Dados 8. Brasília: MS, 2011. Informativo eletrônico de dados sobre a Política Nacional de Saúde Mental, ano 6, n. 8.
BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas. Norma Técnica 11/2019. Brasília: MS, 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. OPAS. Brasília, 2005. Documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas.
BRESCIANI, Maria Stella Martins. As sete portas da cidade. Espaço e Debates, [s. l.], v. 11, n. 34, p. 10- 15, 1991.
CALDEIRA, Tereza Pires do Rio. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. São Paulo: Editora 34 e Edusp, 2000.
CANCELLI, Elizabeth. O Mundo da Violência: Repressão e Estado Policial na Era Vargas. 1991. Tese (Doutorado em História), Instituto de Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1991.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1996.
CHAUI, Marilena. Amizade, recusa do servir. In: DE LA BOÉTIE, Etienne. Discurso da servidão voluntária. São Paulo: Brasiliense, 1982. p. 173-239.
CRESPO, Regina. A Revolução Mexicana em memórias e registros autobiográficos. Diálogos, Maringá, v. 22, n. 2, p. 36-57, 2018.
CUÉLLAR ABAROA, Crisantor. La Revolución en el Estado de Tlaxcala. Ciudad de México: Biblioteca INEHRM, 2022. t. 1-2. Disponível em: https://www.inehrm.gob.mx/. Acesso em: 3 maio 2023.
CUNHA, Maria Clementina P. O espelho do Mundo: Juquery, a História de um Asilo. São Paulo: Paz e Terra, 1986.
DAUD JUNIOR, Nacile. Considerações histórico-conceituais sobre a instituição psiquiátrica no Brasil e a desinstitucionalização do “doente mental”. In: BOARINI, M. L. et al. Desafios na atenção à saúde mental. Maringá: Editora da Universidade Estadual de Maringá, 2002. p. 31-64.
DECCA, Edgard de. 1930: o silêncio dos vencidos. São Paulo: Brasiliense, 1984.
ESPINOSA. Ética. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2015.
FABRÍCIO, André Luiz da C. A assistência psiquiátrica no contexto das políticas públicas de saúde (1930-1945). Rio de Janeiro: Casa de Oswaldo Cruz, 2009.
FERLA, Luís Antônio C. Feios, sujos e malvados sob medida: a utopia médica do biodeterminismo. São Paulo: Alameda, 2009.
FLORESCANO, Enrique. Historia de las historias de la nación mexicana. México: Taurus, 2002.
FOUCAULT, Michel. O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.
FOUCAULT, Michel. Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e meu irmão: um caso de parricídio do século XIX. Rio de Janeiro: Graal, 1977.
GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Perspectiva, 1974.
GOMES, Flávio dos Santos. Quilombos do Rio de Janeiro no século XIX. In: REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1996. p. 263-290
HIRSZMAN, Leon. Posfácio Imagens do Inconsciente, filme, 80min, 16mm, 1986.
HUERTAS, Rafael. Locuras en primera persona: Subjetividades, experiencias, activismos. Madrid: Catarata, 2020.
JELIN, Elizabeth; ANGLAIS, Victoria (org.). Monumentos, memoriales y marcas territoriales. Madrid: Siglo XXI, 2003.
KALIL, Luis Guilherme A.; SILVA, Caio P. da. Patria Suave: uma análise das obras de divulgação sobre a história do México publicadas durante as comemorações do Bicentenário. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 8, n. 17, 2015. Disponível em: https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/776. Acesso em: 11 fev. 2023.
KNIGHT, Alan. Bandits and liberals, rebels and saints: Latin America since independence. Lincoln: University of Nebraska Press, 2022.
MACHADO, Roberto; LOUREIRO, Angela; LUZ, Rogerio; MURICY, Katia. Danação da Norma: medicina social e constituição da psiquiatria no Brasil. Rio de Janeiro: Graal, 1978.
MATOS, Maria Izilda S. de. Cotidiano e cultura: história, cidade e trabalho. Bauru: EDUSC, 2002.
MEXICO. Centro de La Documentación Institucional de La Secretaria de Salud. Fondo Manicomio General, Sección Expedientes Clínicos. [Análise clínica]. Alcaldía: Archivo Histórico, [191-]. Caja 15, expediente 23.
NA AVENIDA São João: ameaçada de abandono, pelo amasio, a mulher não teve relutância em tirar-lhe a vida: antecedentes: a criminosa apresentou-se a polícia. Correio Paulistano, São Paulo, 18 out. 1939. p. 7.
NORA, Pierre. Entre Memória e História: a problemática dos lugares. Projeto História, São Paulo, v. 10, p. 7-28, jul./dez., 1993. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/12101. Acesso em: 12.12.2022.
PAOLI, Maria Célia; SADER, Eder; TELLES, Vera da Silva. Pensando a classe operária: os trabalhadores sujeitos ao imaginário acadêmico. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 3, n. 6, p. 129-149, set. 1983.
PICCATO, Pablo. La construcción de una perspectiva científica: miradas porfirianas a la criminalidade. História Mexicana, [Ciudad del Mexico], v. 47, n. 1, p. 133-181, jul./sep. 1997.
PRADO, Maria Ligia C. Repensando a História Comparada da América Latina. Revista de História, São Paulo, n. 153, p. 11-33, 2005.
RAGO, Margareth. A aventura de contar: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.
REAUME, Geoffrey. Remembrance of Patients Past: Patient Life at the Toronto Hospital for the Insane, 1870-1940. Toronto: University of Toronto Press, 2012.
REED, John. México Insurgente. São Paulo: Boitempo, 2010.
RÍOS MOLINA, Andrés. Locos letrados frente a la psiquiatría mexicana a inicios del siglo XX. Frenia Revista de Historia de la Psiquiatría, [Madrid], v. 4, n. 2, 2004.
RIVERA-GARZA, Cristina. La Castañeda: narrativas dolentes desde el Manicomio General. México, 1910-1930. México: Max Tusquets Editores, 2010.
ROSSI, Amanda. Defesa diz que Anistia abrange internação psiquiátrica de presos políticos. UOL, São Paulo, 14 jun. 2021. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/06/14/ministerio-da-defesa-presos-politicos-internacao-psiquatricas.htm. Acesso em: 14 jun. 2021.
SADER, Eder. Quando novos personagens entram em cena: experiências e lutas dos trabalhadores da Grande São Paulo (1970-1980). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
SARLO, Beatriz. Paisagens Imaginárias: intelectuais, arte e meios de comunicação. São Paulo: EDUSP, 1997.
SILVA, Marcos (org). Repensando a História. São Paulo: Marco Zero, 1989.
SLENES, Robert W. Na senzala, uma flor: esperanças e recordações na formação da família escrava, Brasil Sudeste, século XIX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
SÓRIA, Liz Nátali. A economia zapatista: retratos de uma insurreição autônoma. 2019. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.
THOMPSON, Edward. P. La sociedad inglesa delsiglo XVIII: ¿lucha de clases sin clases? In: THOMPSON, E. P. Tradición, revuelta y conciencia de classe: estudios sobre la crisis de la sociedade preindustiral. Barcelona: Crítica, 1979. p. 13-61.
VESENTINI, Carlos A.; DECCA, Edgar S. de. A revolução do vencedor. Contraponto, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 60-71, nov. 1976.
VIDA Loka, parte I. Intérprete: Mano Brown et al. Compositor: Mano Brown. In: RACIONAIS MC’s: Nada como um dia após o outro dia. São Paulo: Cosa Nostra, 2002. 1 CD.
VILLASANTE, Olga. El control de lacorrespondencia de los enfermos mentalesenlasinstituciones psiquiátricas españolas: entre el cuidado y la censura, 1852-1987. História, Ciências, Saúde Manguinhos, Rio de Janeiro, v.25, n.3, p. 763- 778, jul./set. 2018.
WADI, Yonissa M; ORDORIKA, Teresa; GOLCMAN, Aida A. ¿Qué expresan los locos iberoamericanos? Las fuentes narrativas y sus posibles abordajes. Iberoamericana, [Madrid], v. 71, p. 173-195, 2019.
WILLIAMS, Raymond. Marxismo e Literatura. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 NELSON TOMELIN JUNIOR, VANESSA MIRANDA
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
A Revista Antíteses adota a Licença Creative Commons Attribution 4.0 International, portanto, os direitos autorais relativos aos artigos publicados são do(s) autor (es), que cedem à Revista Antíteses o direito de exclusividade de primeira publicação.
Sob essa licença é possível: Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Adaptar - remixar, transformar, e criar a partir do material, atribuindo o devido crédito.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/