O discurso psiquiátrico e a ideologia colonial na África britânica
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2016v9n18p467Palabras clave:
Africa colonial britânica, Etnopsiquiatria, Discurso científico, Movimentos nacionalistas, Ideologia colonialResumen
Os estudos psiquiátricos produzidos por europeus durante o período colonial sobre disfunções mentais entre os africanos colaboram para uma reflexão sobre as normativas e paradigmas das ciências humanas. Considerando a afirmação de michel foucault de que a loucura nas sociedades ocidentais modernas se trata de um discurso constitutivo de relações de poder, o presente artigo investiga como os estados coloniais britânicos na áfrica procuraram exercer poder e controle por meio de teorias etnopsiquiátricas e seus discursos. Estudos psiquiátricos na áfrica colonial abrem a possibilidade de interpretação do que era considerado patológico e normal naquele contexto e oferecem significativas evidências sobre a ambiguidade nas conclusões alcançadas por seus médicos e pesquisadore s. Este ensaio explora um conjunto de produções psiquiátricas entre os anos de 1920-1960, período marcado pelo desencadeamento de uma série de movimentos nacionalistas e pró-independência na áfrica colonial britânica. O principal objetivo é elucidar a aliança entre a medicina ocidental e a autoridade colonial a fim de promover o controle das forças coloniais sobre a população africana. Concluiu-se que durante o processo de descolonização na áfrica, quando a força dominante estava em constante atrito com a população negra nativa, o conhecimento psiquiátrico ganhou o papel de elemento legitimador da missão civilizatória.Descargas
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