Impregnado de eternidade. O Recife em Manuel Bandeira
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2016v9n18p325Palavras-chave:
Manuel Bandeira, Recife, Tradição cultural, RegionalismoResumo
Neste artigo procuro argumentar em torno da feitura e, de maneira lateral, do modo como foram lidos os poemas de Manuel Bandeira que tomam o Recife por matéria poética (Evocação do Recife; Minha Terra; Recife). Pelo prisma da feitura, o que procuro demonstrar é que Bandeira partilhava de uma concepção de cultura que conferia elevado valor ético-estético às manifestações e formas tradicionais constitutivas da arte e cultura nacional. Daí sua fácil assimilação por parte de uma intelligentsia pernambucana, que, por sua vez, fixou uma leitura “regionalista” desses poemas, tornando-os exemplares de determinada concepção que situava num passado idealizado as referências de um modo de vida que estava a se perderDownloads
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