O percurso de uma pesquisa em História
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2012v5n10p807Palavras-chave:
História cultural, Linguagem, Pesquisa historiográfica, Literatura, Magnetismo animalResumo
Esse texto é o relato da pesquisa que empreendi quando realizava o curso de Mestrado em História Social na Universidade Estadual de Londrina. Iniciei a pesquisa estudando o romance Nove noites de Bernardo Carvalho, embrenhei-me pelo labirinto de suas vozes narrativas e envolvi-me na discussão a respeito de sua metaficcionalidade. Em seguida, analisei teses acadêmicas que focalizavam tais metaficções. Queria visualizar o discurso acadêmico acerca da literatura contemporânea, perceber se tais trabalhos poderiam ser classificados como metaficcionais. Ao ler as teses, porém, descobri António Lobo Antunes. Autor de vários romances, esse português começou sua produção literária com Memória de elefante, cuja trama se desenrola ao longo do dia de um psiquiatra que encontra na linguagem a possibilidade de transformar o mundo. Quando pensava finalmente ter encontrado minha fonte histórica, um episódio casual, o encontro com um livro, mudou a direção de minha pesquisa. Escrito pelo filósofo Peter Sloterdijk, A árvore mágica conta a história do magnetismo animal; é “uma tentativa épica com relação à filosofia da psicologia.” O presente texto, por ser um relato do percurso da pesquisa de fontes, termina no momento em que descobri esse romance e pude delimitar o assunto a ser tratado em meu texto dissertativo.Downloads
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