Do velho ao novo: contextualização das infecções virais na infância

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/anh.2022v4.id45387

Palavras-chave:

Infecções Virais, Pediatria, Hospitalização, Bronquiolite, Infecção pelo SARS-CoV-2

Resumo

Refletir sobre a história natural dos seres humanos e dos agentes microbiológicos é perder-se entre vernáculos. Ora, julgamo-nos agentes de combate, ora somos subjugados à condição de vítima, de um algoz invisível e de grande capacidade adaptativa. Nessa interação que oscila entre os estados de parasitismo ou comensalismo, não nos é permitido o papel de cooperador, ou de convivermos numa espécie de mutualismo com diferentes seres causadores de diferentes doenças. Porque, quando permitimos a replicação, multiplicação e disseminação de vírus, bactérias e outros microrganismos patogênicos, negligenciando orientações individuais e coletivas, estamos alimentando uma cadeia funesta de acontecimentos que terminará com o extermínio definitivo de um dos lados dessa guerra pela sobrevivência. E cotidianamente  somos confrontados e provocados a escolher de que lado ficar. Historicamente atravessamos décadas e séculos em que, a despeito da evolução farmacológica e das áreas da saúde, aceitamos a condição de vítimas de pandemias, regionais e globais. A ironia posiciona-se perante o pedestal da história e demonstra-nos que se de um lado houve o surgimento e a expansão das Unidades de Terapia Intensiva (UTI), as cifras das vítimas por vezes são expressas em milhões. Nessa trajetória temporal houve diferentes protagonistas, como: Influenza, Metapneumovírus, Adenovírus, Coronavírus e, com avidez por crianças, o Vírus Sincicial Respiratório, que novamente corrompe paradigmas, deixando para outras épocas o status da sazonalidade. São guerras silenciosas que não escolhem vencedores, mas flertam com o genocídio. Guerras que requerem empatia pelos suscetíveis e distanciamento de atitudes que prezam unicamente pela vaidade e egocentrismo.

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Biografia do Autor

Arnildo Linck Júnior, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Médico. Doutor em Saúde Coletiva. Universidade Estadual de Londrina. Docente. Londrina, Paraná, Brasil

Flávia Lopes Gabani, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Enfermeira. Doutora em Saúde Coletiva. Universidade Estadual de Londrina. Docente. Londrina, Paraná, Brasil   

Publicado

2022-02-19

Como Citar

Linck Júnior, A., & Gabani, F. L. (2022). Do velho ao novo: contextualização das infecções virais na infância. Advances in Nursing and Health, 4, 16–20. https://doi.org/10.5433/anh.2022v4.id45387

Edição

Seção

Editorial

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