POLÍTICAS DE AÇÕES AFIRMATIVAS DESAFIANDO RELAÇÕES DESIGUAIS DE PODER: ACESSO/PERMANÊNCIA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
DOI:
https://doi.org/10.5433/got.2018.v4.35547Palavras-chave:
Inclusão, Estudantes cotistas, Acesso ao Ensino Superior.Resumo
O artigo objetiva discutir as Políticas de Ações Afirmativas no Brasil, sua implementação na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e os desafios para a garantia de acesso e permanência dos grupos excluídos historicamente das políticas públicas educacionais, como negros e indígenas. O mesmo é parte de resultados da pesquisa de pós-graduação em Geografia intitulada “Políticas de Ação Afirmativa no Ensino Superior: o desempenho no espaço geográfico, em especial no mercado de trabalho dos estudantes de cotas raciais formados na Universidade Estadual de Londrina de 2010 a 2018” e das reflexões efetuadas no PROPE (Programa de Apoio ao Acesso e Permanência para Formação de Estudantes da UEL). Como procedimentos metodológicos, pesquisou-se vários documentos que normatizam as Políticas de Ações Afirmativas no Brasil e na UEL, apoiou-se nos referenciais bibliográficos sobre a temática, na sistematização dos dados e posterior produção de texto sobre resultados da pesquisa. Conclui-se que mesmo com a expansão das Ações Afirmativas, o que coloca o Brasil na vanguarda desse tipo de iniciativa inclusiva no mundo e destaca a UEL entre as universidades estaduais do Paraná, para a democratização das relações de poder no âmbito dessa política pública ainda há de se ampliar as ações de permanência estudantil.
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