As fronteiras do poder e do medo: análise sobre alguns casos de estudantes brasileiros de Medicina em áreas fronteiriças entre Brasil e Bolívia
DOI:
https://doi.org/10.5433/got.2025.v11.49976Palavras-chave:
Estudantes de medicina, Fronteiras, Poder, Paisagens do medoResumo
O presente artigo busca analisar as relações e/ou acontecimentos geográficos que permeiam as fronteiras entre as cidades-gêmeas de Epitaciolândia e Brasiléia, no Acre, Brasil, e Cobija, capital do Departamento de Pando, Bolívia, no que concerne aos estudantes brasileiros que frequentam as universidades de medicina na Bolívia. Desse modo, a intenção de análise inclui-se pelos primas da ciência geográfica, humanística e/ou cultural, uma vez que incide em relações de poder e de medo nesses trânsitos cotidianos que os estudantes brasileiros se inserem no espaço fronteiriço e das universidades de medicina da cidade de Cobija-BOL. A partir dessas acepções, dialogamos com filósofos e/ou teóricos como Michel Foucault (1926-1984), Claude Raffestin (1936-), Yi-Fu Tuan (1930-2022), entre outros, e, também, com alguns alunos e ex-alunos dessas universidades, através do método da História Oral, além de pesquisas em jornais locais. Esses diálogos, entrevistas e pesquisas em fontes jornalísticas nos permitiram debruçar-se sobre esses acontecimentos e compreender, e alvitrar pelas pressões e dificuldades que os alunos brasileiros passam em outros países para realizarem o sonho de se formar em medicina desaguando em teias do poder e em paisagens do medo nas fronteiras entre Brasil e Bolívia, nosso recorte espacial.
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