“Roteiros” antropofágicos na contemporaneidade: uma reflexão sobre a Exu-poética
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2022vol42n2p35Palabras clave:
Exu-poética, Antropofagia, Deglutição.Resumen
Este artigo busca tratar da atualidade do pensamento oswaldiano na contemporaneidade, mostrando, para isso, o modo como a deglutição da Antropofagia e de outras reflexões teóricas contribuíram para a construção da noção de Exu-poética. A Exu-poética não é uma releitura da Antropofagia, mas um referencial que se constrói a partir da metáfora de devoração antropofágica. Entendemos, assim, que os tantos “roteiros” propostos por Oswald de Andrade são ainda base fundamental para a reflexão sobre a cultura brasileira, sendo, inclusive, uma chave teórica interessante para tratar dos estudos em torno das minorias políticas, profundamente estigmatizadas e invisibilizadas pelo pensamento colonial, escravagista, racista e machista que rege a vida nacional desde a colonização.
Descargas
Citas
ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen, 2019.
ANDRADE, Oswald. Manifesto Antropófago. Do Pau-Brasil à Antropofagia e às Utopias. Vol. 6 das Obras completas. 10 vol. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1970a. 11-20.
ANDRADE, Oswald. Um aspecto antropófago da cultura brasileira: o homem cordial. Do Pau-Brasil à Antropofagia e às Utopias. Vol. 6 das Obras completas. 10 vol. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1970b. 139-140.
AZEVEDO, Beatriz. Antropofagia: palimpsesto selvagem. São Paulo: Cosac Naify, 2016.
BANDO AFROMACARRÔNICO; DINNUCI, Kiko. Padê Onã. Pastiche nagô. São Paulo: Marafo Records, 2008. 1 CD. Faixa 2. (3 min 14 s).
BARTHES, Roland. S/Z. Trad. Léa Novaes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.
BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de história. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras escolhidas I. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 2012. 241-252.
BHABHA, Homi. Introdução: locais da cultura. O local da cultura. Trad. Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis & Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013. 19-46.
CAMPOS, Augusto. Revistas re-vistas: os antropófagos. Prefácio para a edição fac-similar da Revista da antropofagia, São Paulo: Abril, 1975.
CASTRO, Eduardo Viveiros de. Entrevista. Realizada por Carolina Cantarino e Rodrigo Cunha. ComCiência, Campinas, 108, 2009. Disponível em http://comciencia.scielo.br/pdf/cci/n108/a13n108.pdf.
CASTRO, Eduardo Viveiros de. O mármore e a murta. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac Naify, 2002. 183-264.
CRIOLO, Daniel Ganjaman & Marcelo Cabral. Esquiva da Esgrima. Criolo. Convoque seu buda. São Paulo: Oloko Records, 2014b. CD, 4 min 29 s.
DERRIDA, Jacques. Gramatologia. Trad. Miriam Schnaiderman e Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Perspectiva, 1973.
EVARISTO, Conceição. A gente combinamos de não morrer. Olhos d’Água. Rio de Janeiro: Pallas, 2015.
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Walter Benjamin ou a história aberta. Walter Benjamin. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras escolhidas I. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 2012. 7-20.
GERMANO, Douglas & Criolo. Fio de prumo (Padê Onã). Criolo. Convoque seu buda. São Paulo: Oloko Records, 2014. CD, 4 min 9 s.
LÖWY, Michael. A jaula de aço: Max Weber e o marxismo weberiano. Trad. Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2014.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. Trad. Renata Santini. São Paulo: n-1 edições, 2018.
MORICONI, Ítalo. A outra dimensão: desidentidades. Sonia Torres, org. Raízes e rumos: perspectivas interdisciplinares em estudos americanos. Rio de Janeiro; 7 Letras, 2001. 71-78.
NITRINI, Sandra. Literatura Comparada: história, teoria e crítica. São Paulo: EDUSP, 2010.
ORTIZ, Renato. A morte branca do feiticeiro negro: umbanda e sociedade brasielira. São Paulo: Brasiliense, 1991.
PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
PRANDI, Reginaldo. Segredos guardados: orixás na alma brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
ROCHA, João Cezar de Castro & Jorge Rufinelli. Antropofagia hoje? Oswald de Andrade em cena. São Paulo: É Realizações, 2011.
SÀLÁMÌ, Síkírù (King) & Ronilda Iakemi Ribeiro. Exu e a ordem do universo. São Paulo: Oduduwa, 2015.
SANTIAGO, Silviano. O entrelugar no discurso latino-americano. Uma literatura nos trópicos: ensaios sobre dependência cultural. Rio de Janeiro: Rocco, 2000. 9-26.
SANTOS, Juana Elbein dos. Os nagô e a morte: Padè, Àsèsè e o culto Égun na Bahia. Trad. Universidade Federal da Bahia. Petrópolis: Vozes, 1986.
SIMAS, Luiz Antonio & Luiz Rufino. Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas. Rio de Janeiro: Mórula, 2018.
STERZI, Eduardo. Uma ontologia política chamada Antropofagia. Realizada por Ricardo Machado. IHU on-line: Revista do Instituto Humanitas Unisinos. São Leopoldo, n. 543, p. 31 – 35, out, 2019. Disponível em: https://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/7687-uma-ontologia-politica-chamada-antropofagia.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Terra Roxa e Outras Terras: Revista de Estudos Literários
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
a) Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, siendo la obra licenciada simultáneamente bajo la Licencia Creative Commons Reconocimiento-No Comercial 4.0 Internacional, permitiendo la compartición de la obra con reconocimiento de la autoría de la obra y publicación inicial en este periódico académico.
b) Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en un repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista. diario.
c) Se permite y anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) después del proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (Ver Efecto del Acceso Abierto).
d) Los autores de los trabajos aprobados autorizan a la revista para que, luego de la publicación, transfiera su contenido para su reproducción en indexadores de contenido, bibliotecas virtuales y similares.
e) Los autores asumen que los textos sometidos a publicación son de su creación original, asumiendo total responsabilidad por su contenido en caso de objeción por parte de terceros.