Signos de masculinidade em "Os prisioneiros", de Rubem Fonseca
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2021v40p44Palabras clave:
Rubem Fonseca, Masculinidades, Os prisioneirosResumen
Nesse artigo são observados criticamente os signos de masculinidade utilizados na caracterização de personagens em quatro contos de Os prisioneiros, de Rubem Fonseca: “Fevereiro ou março”, “Duzentos e vinte e cinco gramas”, “Teoria do consumo conspícuo” e “Henri”. Procuramos demonstrar tanto a recorrência de certos signos (virilidade sexual, força física, descontrole, agressividade, refinamento, comando, autocontrole, coragem e intelectualidade) como a complexidade e peculiaridade com que estes aparecem em cada narrativa, reiterando sua compreensão enquanto atos performáticos. Esses, por sua vez, são continuamente exibidos e repetidos, de modo a fazer parecer, para outras personagens, que seriam espontâneos, de modo a atestar sua pertença a um grupo privilegiado. Pudemos atestar, no entanto, que os signos de masculinidade nas obras representam na verdade mais um modo de aprisionamento das personagens, sendo este um tema central que transpassa os diversos contos da coletânea e que apontam para sua retomada nas obras seguintes de Rubem Fonseca.
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