Flaubert: entre a forma e o informe
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2007v10p99Palavras-chave:
Flaubert, Literatura como prática de si, Forma e informeResumo
Trata-se de analisar o trânsito entre as duas obras mais radicalmente diversas de Gustave Flaubert: Madame Bovary e As tentações de Santo Antão. Na primeira, voltando sua atenção para os assuntos burgueses e efetuando uma observação crua do presente, o escritor persegue os princípios do realismo literário. Na segunda, totalmente alheia aos princípios de verossimilhança realista, Flaubert se deixa guiar por um lirismo desenfreado, mergulha nos assuntos místicos e dá vazão às mais altas aspirações temáticas. Do primor pela ordem ao fascínio delirante por uma dissolução mística, o exercício da escrita, em Flaubert, responderia a uma tentativa de conciliação entre o amor da forma e o desejo do informe.Downloads
Referências
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