Desmedida do capital, seletividade neoliberal e subjetivação totalitária

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-4842.2024v27n1p195

Palavras-chave:

desmedida do capital, Neoliberalismo, processos de subjetivação, banalização da injustiça social

Resumo

De modo a contribuir com o debate crítico sobre os limites e a voracidade imanentes às formas contemporâneas de reprodução social capitalista, este artigo busca articular três esforços. O primeiro consiste em expor conceitualmente a natureza desmedida do capital, retomando sucintamente algumas das maneiras como essa categoria aparece ao longo da exposição de O Capital de Karl Marx. Considerando a expressão dessa desmedida na intensificação da exploração e na precarização das condições de reprodução da população trabalhadora, bem como na tendência ao seu alijamento relativo – e mesmo absoluto – da produção, discute-se na sequência a seletividade neoliberal e a afirmação da concorrência como nexo social por excelência e como horizonte insuperável de existência. A partir daí, considera-se alguns efeitos dessa barbarização das relações de trabalho sobre os atuais processos de subjetivação, com destaque para a discussão acerca da indiferença e da banalização da injustiça social.

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Biografia do Autor

Gustavo Moura de Cavalcanti Mello, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutor em Sociologia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Professor do Departamento de Economia e do Programa de Pós-Graduação em Política Social, ambos da UFES.

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Publicado

31-07-2024

Como Citar

MELLO, Gustavo Moura de Cavalcanti. Desmedida do capital, seletividade neoliberal e subjetivação totalitária. Serviço Social em Revista, [S. l.], v. 27, n. 1, p. 195–218, 2024. DOI: 10.5433/1679-4842.2024v27n1p195. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/view/49029. Acesso em: 3 dez. 2024.