Economia popular solidária e seu programa social

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-4842.2020v22n2p304

Palavras-chave:

Geração de Trabalho e Renda. Instituições de Apoio. Viabilidade. Programa de Economia Solidária.

Resumo

Este artigo objetiva demonstrar os resultados de uma pesquisa que averiguou a contribuição do extinto Programa de Economia Solidária em Desenvolvimento para a viabilidade das experiências coletivas de geração de trabalho e renda no Rio Grande do Sul. Este programa social foi criado em 2003, pelo governo federal, com vistas a fortalecer os empreendimentos de geração de trabalho e renda, juntamente com a Secretaria de Economia Solidária – Senaes – que foi extinta em 2016. A operacionalização do mencionado Programa ocorreu por meio de parcerias estabelecidas entre o estado (Secretaria Nacional de Economia Solidária – Senaes), instituições da sociedade civil, outros setores governamentais e incubadoras universitárias. Partiu-se do pressuposto que o Programa se constituiu como elemento potencializador de geração de renda para os sujeitos que estavam à margem do mercado formal de trabalho, especialmente os menos qualificados, mas que, contraditoriamente, também se configurou em mecanismos de regulação do capitalismo, para atenuar os conflitos de classe e reproduzir o sistema. Constatou-se, que, tanto o estado, por meio do Programa, em parceria com instituições da sociedade civil, outros setores governamentais, incluindo as incubadoras universitárias podiam, mesmo que de forma incipiente, potencialmente viabilizar as experiências de Economia Popular Solidária.

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Biografia do Autor

Caroline Goerck, Universidade Federal de Santa Maria RS

Doutora e Pós-doutora em Serviço Social pelo Programa de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Docente do Curso de Serviço Social Bacharelado da Universidade Federal de Santa Maria

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Publicado

30-06-2020

Como Citar

GOERCK, C. Economia popular solidária e seu programa social. Serviço Social em Revista, [S. l.], v. 22, n. 2, p. 304–319, 2020. DOI: 10.5433/1679-4842.2020v22n2p304. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/view/36741. Acesso em: 30 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos