Narrativa de violência sexual: caso do Centro de Atendimento Integrado 18 de Maio
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-4842.2019v22n1p157Palavras-chave:
Violência sexual, Rede de Proteção, ECA.Resumo
O objetivo deste trabalho é analisar as boas práticas humanizadas e recomendações para uma política pública de Estado, com recorte no Centro de Atendimento Integrado 18 de Maio, destinado ao atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violências, instalado no Distrito Federal (Brasil), em 2016. Quais seriam as boas práticas no atendimento a essas crianças e adolescentes, vítimas de violência sexual, de modo a se tornarem recomendações de políticas públicas de Estado, com consequente ampliação de novos centros? Em termos metodológicos, os dados foram consolidados com base em revisão de literatura de publicações recentes da ONG Childhood, no período de 2014 a 2018; em estudos empíricos e ensaios teóricos publicados na literatura científica, enfatizando as peculiaridades da realidade institucional, social, cultural e econômica da Capital Federal. Na análise, são considerados os relatos e as ações de experiências dos sujeitos de direitos (crianças e adolescentes) frente às denúncias recebidas pelo Disque 100, no contexto da submissão da vítima (criança e adolescente) à reapresentação de narrativa de violência sexual e suas consequências para esses sujeitos. Aponta-se que as boas práticas fazem parte do processo de atendimento e são responsáveis pela qualidade do trabalho desempenhado pelos profissionais especializados. Aponta-se, ainda, que a falta de interação e promoção entre os demais órgãos da rede de proteção pode causar graves problemas na implementação de políticas públicas de Estado.Downloads
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