Letramento Acadêmico e Formação do Professor: leitura-escrita do gênero textual plano de aula
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-4876.2021v24n1p115Palavras-chave:
Letramento acadêmico, Gêneros textuais, Plano de aula, Etnografia da escritaResumo
Este estudo apresenta uma experiência pedagógica voltada para o ensino da leitura/escrita do gênero ‘plano de aula’ no âmbito da formação docente – Curso de Letras. O trabalho se fundamenta nas contribuições dos estudos de letramento acadêmico (CARLINO, 2003; HYLAND, 2004; LEA; STREET, 2006; MARINHO, 2010; 2011), nas abordagens de gêneros textuais filiadas à nova retórica (BAZERMAN, 2005; BERKENKOTTER; HUCKIN, 1995; SWALES, 1998) e nas contribuições dos estudos sobre formação docente a partir de uma perspectiva crítica (GIROUX, 1997; BORGES, 2002). A pesquisa é qualitativa de natureza etnográfica crítica (THOMAS, 1993). A análise apoia-se em dados gerados em questionários aplicados junto a graduandos e em seminários desenvolvidos na disciplina Linguística IV (Letras/UFRN) sob a perspectiva da etnografia da escrita (DEVITT; REIFF; BAWARSHI, 2004). O estudo aponta para os desafios e as possibilidades de se promover a apropriação e o domínio de gêneros acadêmico-profissionais, com destaque para a relevância da abordagem etnográfica.Downloads
Referências
BARTON, D. Preface: literacy events and literacy practices. In: HAMILTON, M.; BARTON, D.; IVANIC, R. (Org.). Worlds of Literacy. Clevedon: Multilingual Matters Ltd., 1993. p. vii-x.
BAZERMAN, C. Atos de fala, gêneros textuais e sistemas de atividades: como os textos organizam atividades e pessoas. In: BAZERMAN, C. Gêneros textuais, tipificação e interação. Trad. Angela Paiva Dionísio e Judith Chambliss Hoffnagel. São Paulo: Cortez, 2005. p. 19-46.
BAYNHAM, M. Literacy practices: investigating literacy in social contexts. London: Longman, 1995.
BERKENKOTTER, C.; HUCKIN, T. Genre knowledge in disciplinary communities. Hillsdale: Lawrence Erlbaum, 1995.
BORGES, R. C. M. B. O professor reflexivo-crítico como mediador do processo de inter-relação da leitura – escritura. In. PIMENTA, S. G.;
GHEDIN, E. Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez, 2002, p. 201-218.
CARLINO, P. Alfabetización Académica: Un Cambio Necesario, algunas Alternativas Posibles, Educere, v. 6, n. 20, p. 409-420, 2003.
________. Escribir, leer y aprender en la Universidad: una introducción a la alfabetización acadêmica. Fondo de Cultura Económica, 2005.
CHOULIARAKI, L.; FAIRCLOUGH, N. Discourse in Late Modernity: Rethinking Critical Discourse Analysis. Edinburg: Edinburg University Press, 1999.
DEVITT, A. J.; REIFF, M. J.; BAWARSHI, A. Scenes of writing: strategies for composing with genres. New York: Longman, 2004.
ENGESTRÖN, Y. Expansive learning at work: toward an activity theoretical reconceptualization”. Journal of Education and Work, v. 14, p. 133-156, 2001.
FLOWERDEW, J.; MILLER, L. Lectures in a second language: notes towards a cultural grammar. English for Specific Purposes, v. 15, n. 2, p. 121-40, 1996.
FLOWERDEW, J. Introduction: approaches to the analysis of academic discourse in English. Academic discourse. London, Longman, 2006, p. 1-17.
GIROUX, H. A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem Trad. Daniel Bueno. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
HAMILTON, M. Expanding the new literacy studies: Using photographs to
explore literacy as social practice. In: BARTON, D.; HAMILTON, M.; IVANIC, R. Situated literacies: reading and writing in context. London: Routledge, p. 7 - 15, 2000.
HEATH, S. B. Ways with Word: language, life and work in communities and classrooms. Cambridge: Cambridge University Press, 1983.
HYLAND, K. Disciplinary Discourses. Social Interactions in Academic Writing. Michigan, The University of Michigan Press, 2004.
IVANIČ, R. Writing and identity: the discoursal construction of identity in academic writing. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, 1998.
KLEIMAN, A. B. Processos identitários na formação profissional – o professor como agente de letramento. In: CORRÊA, M. L. G.; BOCH, F. (Org.). Ensino de língua: representação e letramento. Campinas, SP: Mercado de Letras, p. 75-91, 2006.
KURLAND, D. Lectura crítica versus pensamiento crítico. Cali: Eduteka, 2003.
LAVE, J.; WENGER, E. Situated learning legitimate peripheral participation. Cambrige: Cambrige University Press, 1991.
LEA, M. R.; STREET, B. V. The “academic literacies” model: theory and applications. Theory Into Practice, v. 45, n. 4, p. 368-377, 2006.
MARINHO, M. A escrita nas práticas de letramento acadêmico. RBLA, Belo Horizonte, v. 10, n. 2, p. 363-386, 2010.
MARINHO, Marildes. “As palavras difíceis chegaram”: a entrada de grupos tradicionais no universo da escrita acadêmica. Anais do VI SIGET/SIGET. Natal, EDUFRN, 2011.
MORALES, O. A., CASSANY, D. Leer y escribir en la universidad: Hacia la lectura y la escritura crítica de géneros científicos. Revista Memoralia, Universidad Nacional Experimental de los Llanos Ezequiel Zamora. Cojedes: Venezuela. En proceso de publicación, 2008.
OLIVEIRA, M. S. A Díade professor/aluno na produção do texto escrito. Vivência, v. 12, n. 1, p.105-112, 1998.
OLIVEIRA, M. S. O Papel do Professor no Espaço da Cultura Letrada: do mediador ao agente de letramento. In: SERRANI, Silvana (Org.). Letramento, Discurso e Trabalho Docente. Vinhedo: Editora Horizonte, p. 40-55, 2010.
STREET, B. Dimensões “Escondidas” na Escrita de Artigos Acadêmicos. PERSPECTIVA, Florianópolis, v. 28, n. 2, p. 541-567, 2010.
SWALES, J. M. Other floors, other voices: a textography of a small university building. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum, 1998.
THOMAS, J. Doing critical ethnography. Newbury Park: Sage Publications, 1993.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Signum: Estudos da Linguagem
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Signum: Estudos da linguagem, publica seus artigos licenciados sob a Licença Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Esta licença permite que terceiros façam download e compartilhem os trabalhos em qualquer meio ou formato, desde que atribuam o devido crédito de autoria, mas sem que possam alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los para fins comerciais. Se você remixar, transformar ou desenvolver o material, não poderá distribuir o material modificado.