Webtoon: Da Plataforma Digital ao Hipergênero Multimídia nas Histórias em Quadrinhos

Celbi Vagner Melo Pegoraro

doi:10.5433/2237-4876.2024v27n2p65-74

Autores

Celbi Vagner Melo Pegoraro Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-4876.2024v27n2p65-74

Palavras-chave:

Webtoon, Histórias em quadrinhos, Hipergênero

Resumo

Este artigo propõe analisar o fenômeno da Webtoon em sua complexidade conceitual que envolve desde a construção de plataformas de leitura até a construção de um novo estilo de histórias em quadrinhos. O objetivo é descrever como o conceito de webtoon foi se diferenciando com o passar dos anos, a partir dos quadrinhos eletrônicos e de uma versão mais restrita do que chamamos de webcomics. E analisar como as principais características do formato afetam a produção e o consumo. Entre as distinções analisadas, apresentamos a intenção autoral, a questão do software usado para leitura, o uso de animação e áudio, e finalmente a destinação final do produto. A pesquisa foi feita a partir de análise bibliográfica e documental com enfoque na conceituação do hipergênero dos quadrinhos proposta por Paulo Ramos e a conceituação do formato por Sean Kleefeld. Constatamos que a webtoon é um poderoso formato das histórias em quadrinhos com potencialidades em várias frentes com facilidade de adaptação multimídia e narrativa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Celbi Vagner Melo Pegoraro, Universidade de São Paulo

Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (2016). Membro do Observatório de Histórias em Quadrinhos da ECA-USP. celbip@gmail.com

Referências

BARBIERI, Daniele. As linguagens dos quadrinhos. São Paulo: Peirópolis, 2017.

BURKE, Peter. Hibridismo Cultural. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2003.

DENIS, Sébastien. O Cinema de Animação. Lisboa: Edições Texto & Grafia, 2010.

FRANCO, E. HQtrônicas: do suporte papel à rede internet. 2001. Dissertação (Mestrado em Artes) – Unicamp, Campinas, 2001. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/hand le/REPOSIP/284201.

JENKINS, H. Cultura da convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009.

KLEEFELD, Sean. Bloomsbury Comics Studies Webcomics. New York: Bloomsbury Academic, 2020. DOI: https://doi.org/10.5040/9781350028210

KOZHAKHMETOVA, Dinara. Soft Power of Korean Popular Culture in Japan: K-Pop Avid Fandom in Tokyo. Master's Program in Asian Studies, Centre for East and South-East Asian Studies, Lund University, Lund, 2012

LUIZ, Lucio (Org.). Os Quadrinhos na era digital: HQtrônicas, webcomics e cultura participativa. Nova Iguaçu, RJ: Marsupial Editora, 2013.

MUNIZ, I. M. As possibilidades narrativas das webcomics. In: JORNADAS INTERNACIONAIS EM HISTÓRIAS EM QUADRINHOS, 4., 2017, São Paulo. [Anais]. São Paulo: USP, 2017. Online. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/anais2ajornada/anais1asjornadas.php. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9877.v7i1-2p4

NOGUEIRA, Natania Aparecida da Silva. De Webtoons a K-dramas: as adaptações de manhwas e as tendências lançadas pela Korean Wave. Revista Cajueiro: Ciência da Informação e Cultura da Leitura, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 235–265, 2022. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/Cajueiro/article/view/17550.

NYE, Joseph S. Bound to Lead: The Changing Nature of American Power. New York: Basic Books, 1991.

OLIMPÍADA 88. São Paulo: Editora Abril, 1988.

OSEMAN, Alice. Heartstopper, Vol. 1. Londres: Hodder Children’s Books, 2019.

PEGORARO, Celbi. As duas Coreias nos Quadrinhos: representação dos países no olhar do Ocidente. Fronteiras, 20(36), 52–70, 2018. https://doi.org/10.30612/frh.v21i36.9416 DOI: https://doi.org/10.30612/frh.v21i36.9416

PRESSER, Alexandra. Mobile Comics: um guia de parâmetros para desenvolvimento de histórias em quadrinhos digitais focados na leitura em tela pequena. 175p. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Design, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2020.

RAMOS, Paulo. Histórias em quadrinhos: gênero ou hipergênero? Revista do GEL, São Paulo, n.3, set./dez. 2009. Disponível em: <http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/volumes/38/EL_V38N3_28.pdf>.

RAMOS, Paulo. A leitura dos quadrinhos. São Paulo: Contexto, 2010.