Colaboração posta em circulação: etiqueta vazia em práticas discursivas educacionais?
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-4876.2012v15n2p289Palavras-chave:
Colaboração. Fórmula. Formação de professores.Resumo
É no contexto da reorganização do novo capitalismo no início deste século, que os conceitos de ‘rede’, ‘parceria’ e ‘colaboração’, ligados à busca de formas de gerenciamento da vida social (FAIRCLOUGH, 2003), têm se consagrado nas mais diversas formações discursivas, dentre as quais, a educacional. A profusão de usos e de sentidos a eles associados leva-nos, neste estudo, à indicação de ‘colaboração’ como termo candidato à fórmula, uma entidade que apaga o protagonismo humano. Com interesse específico nos usos de ‘colaboração’ no campo da formação de professores, analisamos o estatuto formuláico do termo com base em KRIEG-PLANQUE (2010) e na análise do discurso de linha francesa. Para tanto, concentramo-nos na investigação de resumos e/ou no título das teses de doutorado desenvolvidas no Brasil de 2005 a 2010, disponibilizadas pelo Banco de Teses da CAPES. Os resultados revelam que as zonas de cristalização discursiva circulantes no discurso acadêmico favorecem o esvaziamento do termo que decorre da ausência de definição, de sua ambiguidade e da dispersão de sentidos, contribuindo para o domínio da ordem social do novo capitalismo e para a legitimação do senso comum.
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