ABORTO: UN ANÁLISIS DE GÉNERO DEL VOTO DEL MINISTRO LUIS ROBERTO BARROSO EN HABEAS CORPUS 124.306

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0383.2022v43n2p241

Palabras clave:

Aborto, Feminismos, Patriarcado, Colonialismo, Direitos sexuais

Resumen

El artículo tiene como objetivo hacer un análisis de género del voto de la ministra Barroso en la decisión HC 124.306/RJ, a la luz de los derechos fundamentales de las mujeres, e investigar si tal decisión sienta un precedente en la forma de despenalizar el aborto a través del reconocimiento judicial de derechos. reivindicada por el movimiento feminista en Brasil. Para ello, busca analizar si la sentencia reconoció los preceptos de autonomía de la mujer, su integridad física y psíquica, sus derechos sexuales y reproductivos y la igualdad entre hombres y mujeres. Además, destaca la incompatibilidad constitucional de la penalización del aborto por discriminación objetiva contra las mujeres negras y pobres, en la votación esbozada como nuestro objeto. La metodología de trabajo, en sentido epistémico, fue la hermenéutica fenomenológica, las técnicas de investigación fueron la documental y la bibliográfica. Concluye que el voto de la ministra vocaliza la lucha de las mujeres por los derechos y el reconocimiento, pero que queda mucho camino por recorrer en la conquista de sus derechos fundamentales en Brasil.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Luana Rosário, Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

Estágio Pós-doutoral no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (UC), Coimbra, Portugal. Professora Adjunta de Direito Constitucional e Direitos Humanos da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Ilhéus, Bahia,

Bianca Barbosa, Universidade Estadual de Santa Cruz- UESC

Advogada. Bacharela em Direito pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Ilhéus, Bahia

Citas

ADESSE, Leila; MONTEIRO, Mario Francisco Giani. Magnitude do aborto no Brasil: aspectos epidemiológicos e sócio-culturais. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2008.

AMARAL, Fernanda P. A situação do aborto inseguro na América Latina com ênfase no Brasil: uma afirmação de direitos humanos. Revista Ártemis, João Pessoa, v. 8, n. 8, 2008. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/artemis/article/view/2311. Acesso em: 8. nov. 2018.

ARRUZZA, Cinzia. Considerações sobre gênero: reabrindo o debate sobre patriarcado e/ou capitalismo. Revista Outubro, [s. l.], n. 23, 2015. Disponível em: http://outubrorevista.com.br/wp-content/uploads/2015/06/2015_1_04_Cinzia-Arruza.pdf. Acesso em: 13 out. 2018.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: a experiência da vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016. v. 2.

BIROLI, Flávia. Teorias feministas da política, empiria e normatividade. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, São Paulo, n. 102, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-173210/102 DOI: https://doi.org/10.1590/0102-173210/102

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. 11 ed. - tradução. Maria Helena Kühner. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012

BRASIL. Decreto-lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Brasília, DF: Presidência da República, 1940. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm. Acesso em: 6 set. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção humanizada ao abortamento: norma técnica. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2005. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto nacional pela redução da mortalidade materna e neonatal. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2004.

BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL (1. Turma). Habeas corpus n. 124.306. Direito processual penal. Habeas corpus. Prisão preventiva. Ausência dos requisitos para sua decretação. Inconstitucionalidade da incidência do tipo penal do aborto no caso de interrupção voluntária da gestação no primeiro trimestre. Ordem concedida de ofício. Voto do Min. Luís Roberto Barroso. Relator: Min. Marco Aurélio. Rio de Janeiro, 9 de agosto de 2016. Disponível em: https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=12580345. Acesso em: 14 out. 2018.

BUTLER, Judith P. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. 16. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos Feministas, v. 10, n. 1, 2002, p. 172. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2002000100011

DAVIS, Angela Y. Mulheres, raça e classe. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016.

DEL PRIORE, Mary. Ao sul do corpo: condição feminina, maternidades e mentalidades no Brasil Colônia. 1990. 294 f. Tese (Doutorado em História) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1990.

DINIZ, Débora; MEDEIROS, Marcelo; MADEIRO, Alberto. Pesquisa Nacional de Aborto 2016. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232017222.23812016 DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232017222.23812016

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. 3. ed. São Paulo: Edições Loyola, 1996.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 24. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2007.

FRANCO, Alberto Silva. Algumas questões sobre o aborto. Revista do Instituto de Ciências Penais, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, 2006. Disponível em: http://www.unifieo.br/files/AbortoAlbertoSilvaFranco.pdf. Acesso em: 17 nov. 2018.

KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Martin Claret, 2002.

MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUE, Ramón (ed.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, 2007. p. 127-167.

MATERNIDADE segura e planejada. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 24, n. 8, set. 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-72032002000800001 DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-72032002000800001

MATTAR, Laura Davis; DINIZ, Carmen Simone Grilo. Hierarquias reprodutivas. Interface, Botucatu, v. 16, n. 40, p. 107-120, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-32832012005000001 DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-32832012005000001

MIGUEL, Luis Felipe; BIROLI, Flávia. Feminismo e política. São Paulo: Boitempo, 2014.

NICHOLSON, Linda. Interpretando o gênero. Ithaca: Cornell University Press, 1999.

ONU – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. IV Conferência mundial sobre a mulher. Pequim: ONU, 1995. Tema: Ação para a igualdade, o desenvolvimento e a paz.

PIMENTEL, Silvia; VILLELA, Wilza. Um pouco da história da luta feminista pela descriminalização do aborto no Brasil. Revista Ciência e Cultura, São Paulo, v. 64, n. 2, p. 20-21, 2012. DOI: http://dx.doi.org/10.21800/S0009-67252012000200010 DOI: https://doi.org/10.21800/S0009-67252012000200010

REBOUÇAS, Melina Séfora Souza; DUTRA, Elza Maria do Socorro. Não nascer: algumas reflexões fenomenológico-existenciais sobre a história do aborto. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 16, n. 3, p. 419-428, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pe/v16n3/v16n3a09. Acesso em: 3 set. 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-73722011000300009

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala?. Minas Gerais: Letramento, 2017.

RIOS, Roger Raupp. Para um direito democrático da sexualidade. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 12, n. 26, p. 71-100, 2006. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-71832006000200004 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-71832006000200004

SANTOS, Boaventura de Sousa. O colonialismo insidioso. Público, Lisboa, 30 mar. 2018.

SCAVONE, Lucila. Políticas feministas do aborto. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 2, n. 16, maio/ago. 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2008000200023 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2008000200023

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Porto Alegre: Educação e Realidade, 1995.

TESSARO, Anelise. A anomalia fetal incompatível com a vida como causa de justificação para o abortamento. Revista da Ajuris: doutrina e jurisprudência, Porto Alegre, v. 31, n. 93, 2016. Disponível em: https://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:rede.virtual.bibliotecas:artigo.revista:2004;1000688323. Acesso em: 6 set. 2018.

TIBURI, Márcia A. Feminismo em comum: para todas, todes e todos. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018.

Publicado

2022-12-23

Cómo citar

ROSÁRIO, L.; BARBOSA, B. ABORTO: UN ANÁLISIS DE GÉNERO DEL VOTO DEL MINISTRO LUIS ROBERTO BARROSO EN HABEAS CORPUS 124.306. Semina: Ciências Sociais e Humanas, [S. l.], v. 43, n. 2, p. 241–256, 2022. DOI: 10.5433/1679-0383.2022v43n2p241. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/48181. Acesso em: 19 may. 2024.

Número

Sección

Dossiê