Vanguardas e revolução: a poesia concreta
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.1992v13n3p139Palavras-chave:
Literatura brasileira, Vanguarda, Sociologia da literaturaResumo
Sem se dar conta do quanto de provinciano e de ressentido havia na sua atitude, o movimento brasileiro da poesia concreta pretendeu, nos anos cinqüenta, ter dado um salto qualitativo-revolucionário na evolução das formas da poesia ocidental, adiantando-se assim, em termos técnicos, aos grandes centros do poder cultural e econômico na Europa e nos Estados Unidos. Atacada pelos movimentos culturais de esquerda nos anos sessenta, a poesia concreta quis ainda impor a sua forma como o único modo eficiente de fazer revolução social através da arte. Mas, já nos anos oitenta, acabou por integrar-se na atmosfera pós-moderna de desencanto em relação as revoluções sociais e estéticas, o que equivale a reconhecer a debilidade das suas inovações formais e a insinceridade dos seus episódicos prop6sitos critico - sociais. O pouco que ficou de bom da poesia concreta tem sentido inegavelmente progressivo e convém agora uni-lo ao generoso sonho utópico que subjaz As aparentemente antiartísticas vanguardas do tipo do Centro Popular de Cultura (CPC).
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