Governança climática, atores subnacionais e o futuro da cooperação ambiental global: o caso da U.S. Climate Alliance
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2025.v46.53401Palavras-chave:
Governança climática, Atores subnacionais, Ação, U.S. Climate AllianceResumo
A pesquisa se propões a analisar o papel de atores subnacionais na governança climática internacional, tendo como ponto de partida a observação da transição de um modelo de governança hierárquico e baseado no papel central dos Estados nacionais, para um modelo mais horizontal e heterogêneo, com novos atores e agendas mais capilarizadas. A pergunta central é: essa transição representa um avanço para os objetivos de desenvolvimento sustentável do século XXI? Para respondê-la, foram utilizados estudos de governança pautados nas abordagem pluralista apresentada por Hari M. Osofsky e no conceito de "ação 'glocal'" desenvolvido por Gupta et al. Também foi utilizado um estudo de caso, sendo esse a atuação da U.S. Climate Alliance (USCA) entre 2017 e 2020. Nesse sentido, a governança climática multinível surge, ao mesmo tempo, como uma forma de lidar com a crescente complexidade do regime ambiental global e seus múltiplos atores, e como uma chance de transformar as relações de poder e os modos de cooperação diante dos desafios impostos pela crise climática. Como metodologia, optou-se pela revisão bibliográfica e documental, com base no método de revisão sistemática.
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