Fragilidades da consciência histórica e paradoxos da grande marcha: notas sobre o presente que nos foi dado
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2024v45n1p53Palavras-chave:
Fragilidade, Consciência Histórica, ContemporaneidadeResumo
Este artigo analisa determinadas fragilidades da consciência histórica, indicando os paradoxos da concepção de história como grande marcha, com a finalidade de produzir algumas notas sobre o presente que nos foi dado. Preliminarmente, apresenta uma caracterização geral sobre o tema da consciência histórica e sua relação com o presente, o cenário contemporâneo. Em seguida, analisa o problema da consciência histórica compreendida como grande marcha para, na sequência, marcar e defender posição de que uma análise do tempo do presente, do contemporâneo, deve, antes de tudo, resistir à nostalgia, à melancolia e ao ressentimento. Conclusão: o que o tempo presente requer de nós é coragem e ousadia ética e política.
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