Fragilidades da consciência histórica e paradoxos da grande marcha: notas sobre o presente que nos foi dado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0383.2024v45n1p53

Palavras-chave:

Fragilidade, Consciência Histórica, Contemporaneidade

Resumo

Este artigo analisa determinadas fragilidades da consciência histórica, indicando os paradoxos da concepção de história como grande marcha, com a finalidade de produzir algumas notas sobre o presente que nos foi dado. Preliminarmente, apresenta uma caracterização geral sobre o tema da consciência histórica e sua relação com o presente, o cenário contemporâneo. Em seguida, analisa o problema da consciência histórica compreendida como grande marcha para, na sequência, marcar e defender posição de que uma análise do tempo do presente, do contemporâneo, deve, antes de tudo, resistir à nostalgia, à melancolia e ao ressentimento. Conclusão: o que o tempo presente requer de nós é coragem e ousadia ética e política.

Downloads

Biografia do Autor

Victor Hugo dos Reis Costa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, Rio Grande do Sul. Pós-doutorado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Weiny César Freitas Pinto, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutor em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, São Paulo. Professor do curso de Filosofia e do Mestrado em Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, Rio Grande do Sul.

Referências

ARANTES, Paulo. O novo tempo do mundo. São Paulo: Boitempo, 2014.

BADIOU, Alain. A aventura da filosofia francesa no século XX. Tradução de Antônio Teixeira e Gilson Iannini. Belo Horizonte: Autêntica, 2015

DOSSE, François. A saga dos intelectuais franceses (1944-1989). Tradução de Guilherme João de Freitas Teixeira. São Paulo: Estação Liberdade, 2021.

FREUD, Sigmund. Recordar, repetir, elaborar. Tradução de Paulo César Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. (Obras completas, v. 10).

GADAMER, Hans-Georg. Verdade e método: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. Tradução de Flávio Paulo Meurer. Petrópolis: Vozes, 1997.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Nosso amplo presente: o tempo e a cultura contemporânea. Tradução de Ana Isabel Soares. São Paulo: Editora da UNESP, 2015.

HARTOG, François. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.

JANSEN, Harry. Hidden in historicism: time regimes since 1700. London: Routledge,. 2020. DOI: https://doi.org/10.4324/9780367821791

KEHL, Maria Rita. Ressentimento. 5. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2014.

KOSELLECK, Reinhart. Crítica e crise: uma contribuição à patogênese do mundo burguês. Tradução do original alemão [de] Luciana Villas-Boas Castelo-Branco. Rio de Janeiro: EDUERJ: Contraponto, 1999.

KOSELLECK, Reinhart. Estratos do tempo: estudos sobre história. Tradução Markus Hediger. Rio de Janeiro: Contraponto: PUC-Rio, 2014.

KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Tradução do original alemão Wilma Patrícia Maas e Carlos Almeida Pereira. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-Rio, 2006.

KOSELLECK, Reinhart. Histórias de conceitos. São Paulo: Contraponto, 2020.

KUNDERA, Milan. A arte do romance: (ensaio). Tradução de Teresa Bulhões C. da Fonseca e Ver Mourão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.

KUNDERA, Milan. A ignorância. Tradução de Tereza Bulhões Carvalho da Fonseca. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

KUNDERA, Milan. A insustentável leveza do ser. Tradução de Teresa Bulhões C. da Fonseca. Rio de Janeiro: Record, 1995.

LOVEJOY, Arthur. A grande cadeia do ser. Tradução de Aldo Fernando Barbieri. São Paulo: Editora Palíndromo, 2005.

MUSIL, Robert. O homem sem qualidades. Tradução de Lya Luft e Carlos Abbenseth. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.

RICOEUR, Paul. A crise da consciência histórica e a Europa. Lua Nova, São Paulo, n. 33, p. 87-188, 1994. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-64451994000200007 DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-64451994000200007

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Tradução de Alain François et al. Campinas: Editora da Unicamp, 2007.

RICOEUR, Paul. O si mesmo como outro. Tradução deIvone C. Benedetti. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2014.

RICOEUR, Paul. Tempo e Narrativa. Tradução de Márcia Valéria Martinez de Aguiar. Introdução de Hélio Salles Gentil. São Paulo: Editora WWF Martins Fontes, 2010a. t. 1.

RICOEUR, Paul. Tempo e Narrativa. Tradução de Márcia Valéria Martinez de Aguiar. Introdução de Hélio Salles Gentil. São Paulo: Editora WWF Martins Fontes, 2010b. t.3.

GUMBRECHT, Hans Ulrich; RODRIGUES, Thamara de Oliveira (org.). Uma latente filosofia do tempo. São Paulo: Unesp, 2021.

SARTRE, Jean-Paul. Crítica da razão dialética: precedido por Questões de método. Tradução de Guilherme João de Freitas Teixeira. Apresentação brasileira Gerd Bornheim. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

STEIN, Ernildo. Melancolia: ensaios sobre a finitude no pensamento ocidental. Porto Alegre: Movimento, 1976.

STEIN, Ernildo. Órfãos de utopia: a melancolia da esquerda. 3. ed. Ijuí: Ed.Unijuí, 2015.

ŽIŽEK, Slavoj. Como ler Lacan. Tradução Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2010.

ŽIŽEK, Slavoj. Vivendo no fim dos tempos. Tradução de Maria Beatriz de Medina. São Paulo: Boitempo, 2012.

Downloads

Publicado

30.07.2024

Como Citar

COSTA, Victor Hugo dos Reis; PINTO, Weiny César Freitas. Fragilidades da consciência histórica e paradoxos da grande marcha: notas sobre o presente que nos foi dado. Semina: Ciências Sociais e Humanas, [S. l.], v. 45, n. 1, p. 53–66, 2024. DOI: 10.5433/1679-0383.2024v45n1p53. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/51441. Acesso em: 31 mar. 2025.