O conceito de jogo no “Oásis da Felicidade”, de Eugen Fink
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2024v45n2p171Palavras-chave:
Jogos, Eugen Fink, Medialidade, MundoResumo
O objetivo deste artigo é esclarecer o conceito de jogo conforme apresentado por Eugen Fink em seu texto “Oásis da Felicidade: Pensamentos para uma Ontologia do Jogo” (1957). Fink propõe uma investigação ontológica sobre o jogo, considerando-o um fenômeno universal que transcende meramente ser um passatempo ou atividade recreativa. Ele identifica três etapas essenciais para a compreensão do jogo: a caracterização preliminar, a análise estrutural e a conexão entre jogo e ser. A metodologia utilizada para realizar esta pesquisa foi qualitativa e descritiva, focada em uma análise detalhada do conceito de “Jogo” proposto por Fink em “Oásis da Felicidade” (Fink; Silva; Giubilato, 2022), além do diálogo com comentadores. O artigo conclui que o jogo não é um fenômeno marginal ou contingente na vida humana, mas sim um aspecto essencial da existência, interligado a outros fenômenos fundamentais como morte, trabalho, luta e amor. O jogo é, portanto, um fenômeno primordial que permite aos seres humanos experimentar uma forma de eternidade e encontrar um refúgio da exaustiva e constante busca pela eudaimonia, proporcionando uma experiência de significado e criatividade na realidade presente. Em suma, Fink eleva o jogo a uma dimensão ontológica profunda, reconhecendo-o como um componente vital da condição humana.
Downloads
Métricas
Referências
BORONAT, Nuria S. M. La existencia como juego: la antropologia filosófica de Eugen Fink. In: MINGOL, Irene Comins; ALBERT, Sonia París (ed.). La interculturalidad en diálogo: estudios filosóficos. Sevilla: Editorial Thémata, 2016. p. 77-88.
CAILLOIS, Roger. Os jogos e os homens: a máscara e a vertigem. Petrópolis: Vozes, 2017.
FINK, Eugen. Fenómenos fundamentales de la existencia humana. Tradução de Cristobal Holzapfel. Observaciones Filosóficas, Zaragoza, p. 1-185, maio 2011.
FINK, Eugen. Oasis of happiness. In: FINK, Eugen. Play as symbol of the world. Bloomington: Indiana University Press, 2010. p. 14-32.
FINK, Eugen; SILVA, Felipe Maia da; GIUBILATO, Giovanni. Oásis da felicidade: pensamentos para uma ontologia do jogo (1957). Cadernos de Filofosia Alemã, São Paulo, v. 27, n. 1, jun. 2022. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v27i1p125-144.
GIUBILATO, Giovanni; SILVA, Felipe Maia da. Apresentação: a ontologia finkiana do jogo: introdução ao ensaio “oásis da felicidade”. Cadernos de Filosofia Alemã, São Paulo, v. 27, n. 1, p. 119-124, jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v27i1p119-124.
HERÁCLITO. Fragmentos. In: SOUZA José Cavalcanti de (org.). Os pré socráticos. São Paulo: [s.n.], 1996. p. 84-122.
HOLZAPFEL, Cristóbal. Fenómenos existenciales fundamentales de Eugen Fink: juego y muerte. Revista de Filosofía, Santiago, v. 67, p. 201-214, 2011. DOI: http://dx.doi.org/10.4067/S0718-43602011000100013.
HUIZINGA, Johan. Homo ludens. São Paulo: Perspectiva, 2019.
OLIVEIRA, Camila F. O despertar do infinito na finitude: uma análise do “jogo como símbolo do mundo” de Eugen Fink. Phenomenology, Humanities and Sciences, Curitiba, v. 21, n. 3, p. 475-483, dez. 2020. DOI: https://doi.org/10.62506/phs.v1i3.64.
RUIZ, Joaquín D. H. El juego como problema filosófico. Signos, Boyacá, v. 33, n. 2, p. 57-70, 2012. DOI: https://doi.org/10.19053/01235095.685.
SCHUCK, José F. O jogo como modelo onto-cosmológico de compreensão filosófica. 2021. Tese (Doutorado em Filosofia) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2021.
SEPP, Hans Rainer. Prefácio. In: FINK, Eugen. Presentificação e imagem. Tradução de Anna Luiza Coli. Londrina: Eduel, 2019. p. 7-27.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Manoel Cardeal da Costa Neto, Thauan Soares

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Semina: Ciências Sociais e Humanas adota para suas publicações a licença CC-BY-NC, sendo os direitos autorais do autor, em casos de republicação recomendamos aos autores a indicação de primeira publicação nesta revista. Esta licença permite copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato, remixar, transformar e desenvolver o material, desde que não seja para fins comerciais. E deve-se atribuir o devido crédito ao criador.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.