Ação Afirmativa: instrumento de cidadania ou discriminação reversa?

Autores

  • Alexandre Sturion de Paula Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0383.2004v25n1p3

Palavras-chave:

Ação afirmativa, Quotas, Ensino superior, Cidadania, Discriminação reversa.

Resumo

A ação afirmativa, cujos primeiros traços datam da década de 30, só ganhou contorno nos EUA a partir de meados do século XX. A ação afirmativa consiste num programa que objetiva resgatar a própria cidadania de indivíduos marginalizados pela sociedade em razão de discriminações, que não necessariamente a racial, como se tem conotado no Brasil. Não se confunde, entretanto, com o mero estabelecimento de política de quotas, dada a possibilidade de outros programas relacionados à ação afirmativa. É forçoso afirmar, contudo, que os programas de ação afirmativa brasileiros concentram-se em demasia sobre política de emprego de quotas para cidadãos negros. Posicionamentos contrários ou favoráveis à instituição de quotas passaram a ser levantados. Os princípios insertos na Constituição apresentam a permissibilidade de fomentação de ações afirmativas. Entretanto, as quotas que ora se pretendem instituir com percentuais de até 40% para cidadãos negros, inegavelmente, representam uma discriminação reversa. Concluí-se, portanto, que as discussões, ora mais ora menos acirradas acerca da instituição de quotas para cidadãos negros e pardos, no fundo, consistem no exercício de cidadania no tocante a junção de forças críticas para que direitos sejam garantidos e efetivamente viabilizados.

 

 

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Biografia do Autor

Alexandre Sturion de Paula, Universidade Estadual de Londrina

 

Advogado, Pós-graduando em Direito do Estado/UEL. Rua: Minas Gerais, 194, 5º andar, sl. 513. Ed. Autolon. Centro. Londrina- PR. CEP: 86010-170. Fone/fax: 3322-1362.

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Publicado

17.12.2004

Como Citar

DE PAULA, Alexandre Sturion. Ação Afirmativa: instrumento de cidadania ou discriminação reversa?. Semina: Ciências Sociais e Humanas, [S. l.], v. 25, n. 1, p. 3–18, 2004. DOI: 10.5433/1679-0383.2004v25n1p3. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/3809. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Seção Livre