Desligamentos da crítica: psicanálise e reflexão sobre arte
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2013v34n1p31Palavras-chave:
Psicanálise, Estética, Crítica de arte, Real, MetapsicologiaResumo
O artigo visa discutir a relação entre psicanálise e reflexão sobre arte sob o prisma da teoria do desligamento, concebida por André Green, articulando-a a um corpus teórico proposto pelo crítico e historiador da arte Hal Foster. Pode-se dizer, nesta afinidade criada no ensaio, que ambos tratam, cada um de maneira particular, de uma questão que se refere ao “real” (assim como fora concebido por Jacques Lacan) na experiência estética, ainda que, no caso de Green, não haja nenhuma referência direta ao psicanalista francês; sua teoria, no entanto, remete a um fator de regrediência que poderia ser articulado à pulsão de morte. Acessando o dispositivo psicanalítico a seu modo, e dela recolhendo o que lhe parece mais apropriado diante do objeto (de arte) a ser investigado, Foster, por exemplo, avança tanto no campo da reflexão estética quanto no campo mais específico da psicanálise. Cabe mencionar que o trabalho do crítico se refere particularmente às imagens pós-pop, observadas sobretudo na fotografia dos anos 1990. Assim, conceber esta intersecção estética e psicanálise nos permitiria lançar luz a novas possibilidades de leitura da obra de arte, tendo em vista um paradigma de psicanálise “não-aplicada”, o que, a meu ver, se revela bastante apropriado para entender a produção artística que costumamos chamar de contemporânea.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Semina: Ciências Sociais e Humanas adota para suas publicações a licença CC-BY-NC, sendo os direitos autorais do autor, em casos de republicação recomendamos aos autores a indicação de primeira publicação nesta revista. Esta licença permite copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato, remixar, transformar e desenvolver o material, desde que não seja para fins comerciais. E deve-se atribuir o devido crédito ao criador.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.