Clarice Lispector e a contracena da História em A hora da estrela
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2011v32n1p9Palavras-chave:
História e ficção, Literatura do período autoritário brasileiro, Literatura de Clarice Lispector.Resumo
Este artigo aborda o livro A hora da estrela, de Clarice Lispector, à luz dos pressupostos da Teoria da Recepção, de Jauss, que leva em conta o contexto histórico nas análises literárias. Publicada em fins de 1977, essa obra – que conta a história de Macabéa, uma nordestina que, “sem saber como nem por que”, acaba indo morar no “inacreditável Rio de Janeiro” – é considerada por diversos estudiosos como a “mais explicitamente social” da autora, pois até então os livros clariceanos costumavam ser recorrentemente acusados pela crítica da época de se “alhearem” da realidade, dedicando-se predominantemente a abordagens de caráter psicológico e deixando de lado o contexto político e social. Em A hora da estrela, a temática social passa a ser mais explícita, verificando-se assim uma espécie de “ruptura” na trajetória literária clariceana, interrompida no mesmo ano de publicação da obra, com a morte da autora. Este artigo busca apreender, nas entrelinhas do texto, as marcas que o diálogo do último livro lançado em vida pela escritora, durante o período do autoritarismo brasileiro, realiza com o seu contexto de surgimento. Para tanto, o estudo faz ainda uma aproximação entre o último livro de Clarice Lispector e o cinema de Glauber Rocha.
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