Estudo de vida real do perfil epidemiológico e da adesão ao tratamento de pacientes com asma alérgica grave em uso de Omalizumabe durante 12 meses
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2020v41n2Suplp321Palavras-chave:
Asma alérgica, Omalizumabe, Adesão ao tratamento.Resumo
Introdução: a asma é uma doença heterogênea, caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas inferiores, associada a diferentes fenótipos. O omalizumabe é utilizado em adição ao tratamento quando não se obtém o controle adequado da asma. Este estudo mostra o perfil epidemiológico e a adesão ao tratamento dos pacientes acompanhados no Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (AEHU-UEL) em uso de omalizumabe em um período de 12 meses. Método: realizado um estudo transversal retrospectivo através de dados secundários de prontuário avaliando pacientes com diagnóstico de asma alérgica grave em uso de omalizumabe nos 12 meses prévios ao recrutamento. Resultados: foram selecionados 40 pacientes que preencheram os critérios de inclusão. A média de idade foi de 51,4 anos, com predomínio de mulheres (70%), brancos (48%), não tabagistas (90%), com sobrepeso ou obesidade (75%) e diagnóstico de asma na infância (45%). O tempo médio de tratamento foi de 8,1 anos (DP 0,8). Havia comorbidades em 85% dos pacientes, com predomínio de rinite (62,5%) e DRGE (40%). Houve exacerbação em 29 pacientes levando a 8 internações (27,5%); 93% dos exacerbadores apresentaram faltas. Conclusão: a amostra é comparável a outros estudos de vida real nos achados epidemiológicos (idade, sexo, fenótipo, tempo de diagnóstico, controle da doença e tabagismo). O elevado número de faltas, assim como frequência de DRGE e outras comorbidades e a baixa adesão à terapêutica, podem justificar o elevado número de exacerbações e maior dificuldade de controle.Downloads
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