Prevalência de reações adversas após vacinação contra dengue em população jovem, no Paraná
Vacuna contra el dengue y reacciones adversas
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2023v44n1p71Palavras-chave:
Imunização, Vacinação, Eventos AdversosResumo
Objetivo: o presente estudo tem por objetivo demonstrar a prevalência de eventos adversos com uma vacina para dengue e sua correlação com características sociodemográficas e clínicas.
Material e Método: trata-se de um estudo de coorte, foi aplicado questionário aos participantes e realizado contato telefônico após as doses da vacina. Foram também utilizados os dados do prontuário eletrônico do HU de Londrina, do Gerenciador de Ambiente Laboratorial do Paraná, do Sistema de Informação da Secretaria Municipal de Saúde e do aplicativo de Controle de Vacinação da Dengue do Paraná. As associações entre as variáveis e a presença de reação vacinal foram realizadas por meio do teste do qui-quadrado ou Exato de Fisher, após foi aplicada regressão logística binária.
Resultados: dos 1.815 participantes, 6,5% tiveram alguma reação (sistêmica ou local) após a vacina. As reações mais prevalentes foram: cefaleia (59,6%), seguida de mal-estar (32,1%), febre (26,6%), mialgia (22%) e dor local (14,6%), sendo que a dor local foi a única reação que esteve presente nas três doses. Ocorreu maior chance de reação na primeira dose do que nas doses subsequentes (p<0,0001). Ser do sexo feminino [OR 1,701 (1,144-2,5416), p><0,009] aumentou a chance de reação vacinal; entretanto, ter doença de base [OR 0,001 (0,000-0,002), p=0,000] foi um fator protetor.
Conclusão: o estudo demonstrou baixa reação adversa na população vacinada com a vacina da dengue.>
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