Uso do aplicativo C7-LVC no georreferenciamento de casos de leishmaniose visceral canina
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2023v44n6p2197Palavras-chave:
Controle, Vigilância epidemiológica, Georreferenciamento, Leishmania, Leishmaniose Visceral.Resumo
O georreferenciamento pode revelar a distribuição espacial das doenças. Este estudo caracterizou a localização geográfica dos casos positivos de leishmaniose visceral canina (LVC) (n=21), por meio do aplicativo C7-LVC (App), na cidade de Santa Maria, RS, Brasil. Esta tecnologia está disponível para uso em dispositivos smartphones, sendo caracterizada como primeiro instrumento para a notificação de LVC ao serviço público, com o objetivo de auxiliar nas ações de controle da doença. Neste estudo, foi utilizado o banco de dados do Serviço Municipal de Vigilância Ambiental que continha informações de notificações sobre LVC anteriormente enviadas por médicos veterinários, entre abril e dezembro de 2017. Neste período, a prevalência de LVC foi maior na região Norte (17/21 - 80,93%) da cidade. Os casos positivos foram observados em sete bairros, com maior ocorrência (21/9 - 42,85%) no bairro Perpétuo Socorro. As regiões contendo cães positivos para LVC apresentavam como características ambientais a vegetação nativa com áreas úmidas, sombreadas e ricas em matéria orgânica. Todos os casos de LVC foram identificados em regiões geográficas próximas. As características ambientais do município favorecem a proliferação e sobrevivência do vetor no perímetro urbano e periurbano e acarretam riscos à saúde humana e animal. Os dados de georreferenciamento obtidos pelo C7-LVC podem auxiliar na formulação de medidas sanitárias para conter a propagação da doença entre humanos e animais.
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