Entomofauna edáfica associada a lavouras de coqueiro na Amazônia oriental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2021v42n5p2615

Palavras-chave:

Abundância, Sazonalidade Amazônica, Diversidade, Dominância, Cocos nucifera L.

Resumo

Na Amazônia Oriental, está localizado a maior área contínua de plantio de coqueiro do mundo. Essa região é conhecida por ter elevados índices de precipitação e um ecossistema de extensa biodiversidade de insetos. É importante conhecer a entomofauna do local, para saber se há equilíbrio entre os diferentes grupos de insetos. O objetivo deste estudo foi compreender a influência da sazonalidade na dinâmica das famílias de insetos edáficos, comparando o ambiente como um todo e diferentes áreas de plantios comerciais de coqueiro e mata ciliar na Amazônia Oriental. Foram instaladas no solo 40 armadilhas do tipo pitfall a uma distância média de 1 m do estipe, preenchidas com 200 ml com solução aquosa de sabão líquido neutro e álcool 70%, em oito áreas: uma área de mata ciliar (A1) e sete em áreas de lavoura comercial de coqueiro (A2 a A8) nos períodos seco e chuvoso amazônico. A similaridade entre os insetos foi medida através da distância Euclidiana. A abundância de famílias em cada área de coleta, utilizou a similaridade qualitativa. Para dominância de famílias utilizou similaridade quantitativa. Foram realizadas análises de diversidade para justificar as similaridades dos agrupamentos, através do Índice de Shannon e Índice de Simpson. Foram coletados 252.313 indivíduos, 118 famílias e 9 ordens. Houve um grande número de Formicidae em ambos os períodos climáticos, por se tratar de um inseto social e que tem hábitos edáfico. As famílias com maior número nas coletas foram: Drosophilidae, Staphylinidae, Bostrichidae, Phoridae, Nitidulidae, Scolytidae, Tenebrionidae, Scarabaeidae, Ceratopogomidae e Platyogastridae. A área de mata ciliar (A1) apresentou maior diversidade e menor dominância. As áreas cultivadas mais antigas A2 e A3 (7 anos) apresentaram a maior diversidade na estação seca. No período chuvoso, as mais diversificadas foram áreas que apresentaram maior declividade do terreno - A6 e A7. As áreas com maior dominância foram A5 e A8, onde o maior número de Solenopsis sp. foi encontrado. Esse estudo mostrou a importância de se obter informações base sobre a entomofauna associada à cocoicultura e de realizar pesquisas sobre dinâmica de insetos em lavouras na região amazônica.

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Biografia do Autor

Lana Leticia Barbosa de Carvalho, Universidade Federal Rural da Amazônia

Mestre em Agronomia, Universidade Federal Rural da Amazônia, Instituto de Ciências Agrárias, UFRA / ICA, Belém, PA, Brasil.

Heloise de Sousa Castro, Universidade Federal Rural da Amazônia

Aluno do Curso de Graduação em Engenharia Florestal, UFRA / ICA, Belém, PA, Brasil.

Ingrid Leão Campos, Universidade Federal Rural da Amazônia

Aluna do Curso de Graduação em Agronomia, UFRA / ICA, Belém, PA, Brasil.

Bruno Borella Anhê, Universidade de São Paulo

Doutorado em Fitotecnia, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, Brasil.

Ana Carolina Cavalcante Jucá, Universidade Federal Rural da Amazônia

Mestre em Agronomia, Universidade Federal Rural da Amazônia, Instituto de Ciências Agrárias, UFRA / ICA, Belém, PA, Brasil.

Danyllo Amaral de Oliveira, Universidade Federal de Lavras

Dr. em Genética e Melhoramento de Plantas, Universidade Federal de Lavras, UFLA, Lavras, MG, Brasil.

Paulo Manoel Pontes Lins, SOCOCO S / A Agroindústria da Amazônia

Dr. em Agronomia, SOCOCO S / A Agroindústria da Amazônia, Santa Isabel do Pará, PA, Brasil.

Gisele Barata da Silva, Universidade Federal Rural da Amazônia

Profa Dra, Graduate Program in Agronomy, UFRA / ICA, Belém, PA, Brazil.

Telma Fátima Vieira Batista, Universidade Federal Rural da Amazônia

Profa Dra, Graduate Program in Agronomy, UFRA / ICA, Belém, PA, Brazil.

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Publicado

2021-07-02

Como Citar

Carvalho, L. L. B. de, Castro, H. de S., Campos, I. L., Anhê, B. B., Jucá, A. C. C., Oliveira, D. A. de, … Batista, T. F. V. (2021). Entomofauna edáfica associada a lavouras de coqueiro na Amazônia oriental. Semina: Ciências Agrárias, 42(5), 2615–2628. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2021v42n5p2615

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