Intoxicação cúprica acumulativa em búfalos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2009v30n2p407Palavras-chave:
Cobre, Sintomas, Fígado, Búfalo.Resumo
O presente trabalho objetivou analisar o quadro clínico, variáveis metabólicas e a concentração de cobre nos tecidos de bufalinos submetidos à intoxicação cúprica acumulativa (ICA). Foram utilizados 10 bufalinos jovens, da raça Murrah, aleatoriamente distribuídos em seis animais no grupo suplementado com cobre (BUFCu) e quatro no grupo controle (BUF). O grupo BUFCu recebeu suplementação progressiva de cobre através de administração diária de solução aquosa deste microelemento, por meio da fistula ruminal. A dose diária inicial era de 2 mg de Cu/kgPV (CuSO4.5H2O), durante 7 dias, sendo esta dose de cobre aumentada em 2 mg/kgPV a cada semana, até o término do experimento (105 dias). Foram realizadas três biópsias hepáticas (dias 0 – 45 – 105) nos animais para determinação da concentração de Cu e de Zn. Quinzenalmente, foi realizado exame clínico, pesagem e coleta de sangue. Dois búfalos do grupo BUFCu manifestaram quadro clínico fatal sugestivo de ICA. Destaca-se a presença de dois quadros clínicos diferentes, o clássico (n = 1) e um atípico (n = 1), caracterizado pelo acúmulo destacado de cobre hepático, hiporexia progressiva seguida de anorexia, desidratação, oligúria, apatia acentuada e morte, mas sem apresentar hemoglobinúria. Quatro búfalos foram resistentes à ICA a despeito da administração de altas quantidades de cobre. Em búfalos que apresentem quadros clínicos similares ao quadro descrito como atípico, a ICA pode ser considerada como um possível diagnóstico mesmo sem a observação macroscópica de hemoglobinúria.
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