Formação de agregados e matéria orgânica do solo sob diferentes tipos de vegetação na Floresta Atlântica do Sudeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n6p3927Palavras-chave:
Agregação, Floresta atlântica, Carbono orgânico, Frações oxidáveis.Resumo
Mudanças no uso e manejo do solo podem afetar os processos de agregação, incluindo a formação de agregados por processos biogênicos e fisiogênicos. O objetivo deste estudo foi analisar a gênese de agregados por diferentes vias de formação, bem como atributos físicos e químicos dos agregados formados por essas vias em áreas com diferentes coberturas vegetais. Foram coletadas amostras de solo indeformadas na camada de 0-10 cm em áreas de floresta secundária com diferentes estádios sucessionais e uma área de pastagem. Para identificar as vias de agregação foram usados padrões morfológicos propostos por Bullock et al. (1985) e estabeleceu-se três grupos: fisiogênicos, biogênicas e intermediários. Os agregados foram analisados quanto à estabilidade em água, cátions trocáveis, teor de carbono orgânico total (COT) e frações oxidáveis do carbono orgânico total. Em todas as áreas avaliadas a porcentagem de agregados fisiogênicos foi maior do que a de agregados biogênicos e intermediários. Os agregados biogênicos foram encontrados em quantidade menor, com as maiores médias de Diâmetro Médio Ponderado (4.520 milímetros e 4.896 milímetros) e Diâmetro Médio Geométrico (3.678 milímetros e 4.479 milímetros) nas áreas de Floresta Secundária Estádio Avançado (FSEA) e Pasto Misto Manejado (PMM). Os agregados biogênicos apresentaram níveis mais elevados de K e P entre as classes morfológicas em todas as áreas estudadas, com os níveis de fósforo mais elevados na área de FSEA. O conteúdo COT também foi maior nos agregados biogênicos em todas as áreas de estudo, com 22.33 g kg-1 na FSEA, 25.60 g kg-1 na Floresta Secundária Estadio Médio (FSEM), 24.74 g kg-1 na Floresta Secundária Estadio Inicial (FSEI) e 20.28 g kg-1 em PMM. O maior teor de frações F1 (6.93 g kg-1) e F2 (7.43 g kg-1) foram encontrados na classe biogênica em comparação com agregados intermediários e fisiogênicos. O processo de agregação biológica é provavelmente o processo mais eficiente em termos de estabilidade estrutural do solo e sequestro de carbono e os agregados biogênicos podem ser considerados indicadores da qualidade do solo.Downloads
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