Mielomalacia hemorrágica em um gato com linfoma de células T extradural

Autores

  • Cláudio João Mourão Laisse Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Eduardo Conceição de Oliveira Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Veronica Machado Rolim Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Daiane de Oliveira Negreiros Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • David Driemeier Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Saulo Petinatti Pavarini Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n1p327

Palavras-chave:

Gato, Medula espinhal, Linfócitos T, FeLV, Imuno-histoquímica.

Resumo

Mielomalácia é um termo utilizado para indicar amolecimento da medula espinhal, decorrente de necrose isquêmica ou hemorrágica que pode ocorrer como sequela de lesão medular aguda. Um felino doméstico, sem raça definida, fêmea, 10 meses de idade, com sintomas neurológicos foi avaliado. O exame neurológico constatou sinais clínicos compatíveis com síndrome toracolombar. Na primeira avaliação, no exame radiográfico não foram observadas alterações em coluna vertebral toracolombar. Foi realizado tratamento suporte a base de cloridrato de tramadol e prednisolona. O paciente não respondeu ao tratamento e um mês após a primeira avaliação clínica, apresentou piora do quadro clínico apresentando então paraplegia não ambulatória. No segundo exame radiográfico foi observada uma massa radiopaca no interior do canal vertebral, comprimindo a medula espinhal entre L1 e L3. O felino veio a óbito e encaminhado para exame post-mortem. Na necropsia, foi observada no canal medular a presença de uma massa branco-acinzentada, extradural, comprimindo à medula espinhal no segmento entre as vértebras lombares L1 e L3. A medula espinhal entre T2 até L3 estava hemorrágica e friável. O linfonodo pancreaticoduodenal estava aumentado. Na avaliação histológica, a massa observada no canal medular e linfonodo pancreaticoduodenal apresentaram proliferação de linfócitos neoplásicos e a medula espinhal entre T2 e L3 apresentou mielomalácia hemorrágica. No exame imuno-histoquímico, os linfócitos neoplásicos apresentaram marcação positiva para anticorpo CD3 (linfoma de células T) e os órgãos linfoides apresentaram imuno-marcação para o vírus da leucemia felina (FeLV). Mielomalácia hemorrágica causada por linfoma extradural deve ser considerada no diagnóstico diferencial em felinos FeLV positivos com sinais neurológicos medulares.

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Biografia do Autor

Cláudio João Mourão Laisse, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Discente, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.

Eduardo Conceição de Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Discente, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.

Veronica Machado Rolim, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Discente, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.

Daiane de Oliveira Negreiros, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Médica Veterinária, Hospital de Clínicas Veterinárias, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, HCV-FAVET-UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.

David Driemeier, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Prof., Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.

Saulo Petinatti Pavarini, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Prof., Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.

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Publicado

2017-03-02

Como Citar

Laisse, C. J. M., Oliveira, E. C. de, Rolim, V. M., Negreiros, D. de O., Driemeier, D., & Pavarini, S. P. (2017). Mielomalacia hemorrágica em um gato com linfoma de células T extradural. Semina: Ciências Agrárias, 38(1), 327–334. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n1p327

Edição

Seção

Relatos de Casos

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