Efeito da toxicidade da fração da Auxemma oncocalyx e seu princípio ativo oncocalyxona A no cultivo in vitro de folículos secundários e na maturação in vitro de oócitos de caprinos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n3p1361Palavras-chave:
Auxemma oncocalyx, Doxorubicina, Oncocalyxona A, Foliculogénesis, Ovócitos.Resumo
O extrato da Auxemma oncocalyx (A. oncocalyx) e seu componente, Oncocalyxona A (onco A), possui atividade antitumoral, podendo afetar a fertilidade. Entretanto, estudos sobre a ação dessas substâncias em relação à foliculogênese caprina são desconhecidos. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da A. oncocalyx e onco A no cultivo in vitro de folículos secundários isolados (Experimento 1) e na maturação in vitro (MIV) de oócitos de folículos antrais caprinos crescidos in vivo (Experimento 2). Folículos secundários isolados foram distribuídos em seis grupos, em que o controle não-cultivado foi imediatamente fixado em paraformaldeído 4%. Os folículos restantes foram cultivados durante 7 dias em ?-MEM+ sozinho (controle) ou suplementado com DMSO, doxorrubicina (DXR), A. oncocalyx ou onco A. Após o cultivo, os folículos foram avaliados quanto à formação de antro, taxa de crescimento, apoptose (TUNEL) e proliferação celular (PCNA), bem como a expressão dos genes BCL2 e BAX. Além disso, os complexos cumulus-oócitos (CCOs) foram aspirados e distribuídos em cinco tratamentos para MIV: o controle em meio de maturação (TCM 199+), e os demais tratamentos suplementados com DMSO, DXR, A. oncocalyx ou onco A. Depois da MIV, a configuração da cromatina e viabilidade oocitária foram avaliadas. Após 7 dias de cultivo, observou-se redução na percentagem de folículos morfologicamente intactos, na formação de antro, na taxa de crescimento e no número de células PCNA positivas (P < 0,05). Depois do cultivo, no tratamento DXR foi observada maior percentagem de folículos TUNEL positivos (P < 0,05) e também aumento na taxa de RNAm BAX: BCL2 (P < 0,05). Após MIV dos CCOs, nos tratamentos com DXR, A. oncocalyx e onco A, observou-se maior (P < 0,05) percentagem de oócitos anormais e menor de oócitos viáveis quando comparados ao grupo controle (P < 0,05). No entanto, apenas nos tratamentos DXR e onco A aumentou a percentagem de oócitos viáveis com configuração da cromatina anormais (P < 0,05). Não houve diferenças nas taxas de maturação entre o grupo controle e os tratamentos DXR, A. oncocalyx e onco A. De acordo com nossas condições de cultivo, pode-se concluir que a A. oncocalyx e onco A não apresentaram efeitos tóxicos sobre folículos secundários isolados e as taxas de maturação dos CCOs recuperados a partir de folículos antrais. No entanto, estas substâncias afetam negativamente a viabilidade oocitária. Assim, o uso de biotecnologias como o cultivo de folículos secundários in vitro e MIV de oócitos para testes de toxicidade são métodos apropriados para avaliar possíveis efeitos das drogas na foliculogênese.Métricas
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