Efeitos da castração cirúrgica, imunocastração e homeopatia sobre o desempenho, características de carcaça e comportamento de bovinos machos cruzados terminados em confinamento

Abstract

Objetivou-se determinar ganho de peso, rendimento de carcaça, área olho lombo, marmoreio, espessura de gordura subcutânea, frequências de monta, excitação, dominância e concentração sérica de testosterona de bovinos não castrados, castrados cirurgicamente, imunocastrados e tratados com homeopatia terminados em confinamento. Utilizou-se 52 garrotes, 3/4 holandês-zebu, 20±3 meses de idade e 303,78±15,78 Kg, distribuídos inteiramente ao acaso em quatro tratamentos de 13 animais: não castrados, castrados cirurgicamente, imunocastrados e não castrados tratados com homeopatia. Fez-se a análise de variância e quando esta foi significativa (P<0,05), aplicou-se o teste de Tukey. Estimou-se o coeficiente de correlação de Pearson entre as variáveis e realizou a análise de componente principal. Os castrados apresentaram menor ganho de peso e rendimento de carcaça que os demais tratamentos e marmoreio superior aos imunocastrados e tratados com homeopatia. Os imunocastrados obtiveram maior espessura de gordura subcutânea que os não castrados. Os castrados manifestaram menores frequências de monta, excitação e comportamento de dominância que os demais tratamentos. A testosterona foi inferior nos castrados. A análise de componente principal apresentou magnitude moderada e nitidez na diferenciação dos castrados. Conclui-se que os imunocastrados apresentaram desempenho semelhante aos não castrados e acabamento de carcaça semelhante aos castrados e estes obtiveram desempenho produtivo inferior aos demais tratamentos. A homeopatia obteve desempenho e acabamento de carcaça semelhante aos não castrados. A imunocastração não foi eficiente na manutenção de baixos níveis testosterona. A homeopatia e a imunocastração não amenizaram o comportamento de sodomia e dominância.