Suscetibilidade racial de ovinos a helmintos gastrintestinais

Autores

  • Jenevaldo Barbosa da Silva Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Adivaldo Henrique da Fonseca Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2011v32n4Sup1p1935

Palavras-chave:

Bergamácia, Helmintos, Lacaune, Resistência racial e Santa Inês.

Resumo

O objetivo do estudo foi comparar a suscetibilidade de ovinos das raças Lacaune, Bergamácia, Santa Inês e animais sem padrão racial definido (SPRD) mantidos confinados a helmintos gastrintestinais. O delineamento utilizado foi blocos ao acaso, sendo considerado tratamento as raças. Para a pesquisa, animais mantidos a pasto, expostos a infecção natural, foram confinados de março a setembro de 2008. Um mês antes do inicio do experimento, todos os animais foram vermifugados e confinados. O anti-helmíntico utilizado continha o princípio ativo Moxidectin (0.2 mg/kg, Cydectin®, Fort Dodge, Brasil). Foram realizados quinzenalmente exames coproparasitológicos e os animais que apresentavam contagem de ovos nas fezes (OPG) superior a 4000 eram vermifugados. A variação média da contagem de ovos nas fezes para as raça estudadas foi: Lacaune 700-2600, Bergamácia 100-300, Santa Inês 61- 200 e SPRD 63-200. A contagem média de OPG das ovelhas Lacaune foi significativamente superior (p < 0,001) ao das demais raças, ao passo que a contagem de ovos nas fezes dos animais Bergamácia, Santa Inês e SPRD não diferiu estatisticamente (p > 0,05) entre si. Nos exames coprológicos, não foi observada diferença entre os valores percentuais de helmintos entre as raças, sendo identificados os seguintes gêneros: Haemonchus (70%), Trichostrongylus (20%), Cooperia (7%) e Oesophagostomum (3%). Quando analisado o grau de infecção dos animais Lacaune para o gênero Haemonchus, 28,33% apresentaram infecção leve, 46,67% moderada, 13,33% pesada e 11,67% fatal. Deste modo, conclui-se que animais da raça Lacaune foram mais suscetíveis a helmintoses gastrintestinais do que Bergamácia, Santa Inês e SPRD quando mantidos em condições de confinamento. Assim, embora o confinamento seja uma alternativa viável para minimizar os efeitos da verminose e aumentar a produtividade do rebanho, deve-se manter alerta a possíveis surtos de helmintoses quando se tratar de raças suscetíveis.

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Biografia do Autor

Jenevaldo Barbosa da Silva, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Médico Veterinário formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, UFRRJ. Pós-graduando em Ciências Veterinárias pela UFRRJ. Atua nas áreas de Helmintologia e Doenças Transmitidas por Carrapatos.

Adivaldo Henrique da Fonseca, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Pós-Doutor, Prof. titular da disciplina de Epidemiologia e Saúde Pública, UFRRJ, Rio de Janeiro, RJ.

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Publicado

2011-12-06

Como Citar

Silva, J. B. da, & Fonseca, A. H. da. (2011). Suscetibilidade racial de ovinos a helmintos gastrintestinais. Semina: Ciências Agrárias, 32(4Sup1), 1935–1942. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2011v32n4Sup1p1935

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