Composição físico-química, teor de metilxantinas e compostos fenólicos em subprodutos da produção de chá-mate

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2024v45n4p1147

Palavras-chave:

Ilex paraguariensis, Compostos bioativos, Cafeína, Ácido cafeoilquínico.

Resumo

O chá de erva-mate é comercializado na forma líquida após embalagem ou fresco após torrefação. Ambos os processos produzem subprodutos com potencial para diversas aplicações, dependendo de suas características bioquímicas. Este estudo teve como objetivo avaliar a composição físico-química e o teor de metilxantina e compostos fenólicos de subprodutos produzidos pela agroindústria da erva-mate durante a produção de chá-mate envasado ou torrefação. Os subprodutos da erva-mate utilizados foram obtidos de produtores dos estados do Paraná e Santa Catarina, com épocas de colheita de setembro de 2020 a março de 2021 (primavera/verão) e de abril a agosto de 2021 (outono/inverno). As amostras foram avaliadas in natura (cancheada), após separação dos talos e folhas (pimentão verde e talo verde), após torrefação (pimentão torrado) e após embalagem (moagem). O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, comparando épocas de colheita e tipos de subprodutos, com três repetições. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A cancheada verde (10,57%) e a chile torrada (11,9%) apresentaram maiores teores de cafeína e teobromina quando colhidas de abril a agosto. O maior teor de proteína foi registrado em borra de chile torrada (16,10% no outono/inverno e 13,20% na primavera/verão) e cinzas (6,57% outono/inverno e 6,29% verão/inverno) e pó verde (6,65% outono/inverno e 6,62% primavera/verão), nas duas épocas de colheita. O teor médio de proteína foi maior nas borras de erva-mate colhidas de abril a agosto (16,10%). Em relação aos compostos fenólicos, o pó apresentou os maiores teores de ácido 3-cafeoilquínico (33,62%), 4-cafeoilquínico (32,09%) e ácido 3,4-dicafeoilquínico (20,57%), e as amostras de chile torrado apresentaram os maiores teores de 5-cafeoilquínico. (46,09%) e ácido 3,5-dicafeoilquínico (31,64%), e a chile moída e torrada apresentaram as maiores concentrações de ácido 4,5-dicafeoilquínico, 30,40 e 26,28%, respectivamente. O teor de metilxantina foi influenciado pelo tipo de amostra e época de colheita, enquanto o teor de compostos fenólicos variou principalmente em função do tipo de subproduto e foi maior nas amostras de chile moída e torrada.

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Biografia do Autor

José Marcos Hammerschmidt, Universidade Federal do Paraná

Mestrado em Agronomia, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Federal do Paraná, UFPR, Curitiba, PR, Brasil.

Roger Raupp Cipriano, Universidade Federal do Paraná

Dr. em Agronomia, Técnico em Laboratório de Ecofisiologia, UFPR, Curitiba, PR, Brasil.

Cristiane Vieira Helm, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Pesquisadora Dra. em Embrapa Florestas, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA, Colombo, PR, Brasil.

Katia Christina Zuffellato-Ribas, Universidade Federal do Paraná

Profa. Dra. em Fisiologia Vegetal, Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, UFPR, Curitiba, PR, Brasil.

Cicero Deschamps, Universidade Federal do Paraná

Prof. Dr. em Fisiologia Vegetal, Pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, UFPR, Curitiba, PR, Brasil.

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2024-07-31

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Hammerschmidt, J. M., Cipriano, R. R., Helm, C. V., Zuffellato-Ribas, K. C., & Deschamps, C. (2024). Composição físico-química, teor de metilxantinas e compostos fenólicos em subprodutos da produção de chá-mate. Semina: Ciências Agrárias, 45(4), 1147–1162. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2024v45n4p1147

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