Primeiro relato do vírus da necrose infecciosa do baço e do rim (ISKNV) em dois ciclídeos nativos cultivados no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2024v45n1p239

Palavras-chave:

Aquicultura, Doenças em Peixes, Diagnóstico Molecular, Tucunaré, Acará, Iridovírus.

Resumo

Tucunaré (Cichla ocellaris) e acará (Geophagus brasiliensis) são ciclídeos sul-americanos muito valorizados tanto na indústria de peixes ornamentais como esportivos. Desde 2017, vários surtos do vírus da necrose infecciosa do baço e do rim (ISKNV) foram relatados em produções brasileiras de peixes de espécies alimentares e ornamentais. Neste estudo, relata-se a detecção de ISKNV em tucunarés e acarás cultivados por PCR e análise de sequência parcial do gene principal proteína do capsídeo (major capsid protein - MCP). Tucunarés (n=10) e acarás (2) moribundos provenientes de uma piscicultura com elevada mortalidade entre juvenis e adultos dessas espécies, foram submetidos ao diagnóstico bacteriológicas e molecular. Os tecidos do baço, fígado, cérebro e rim foram semeados em ágar sangue de carneiro a 5% e ágar cistina coração com 1% de glicose e hemoglobina bovina. Nenhuma bactéria foi isolada dos 12 peixes. Além disso, o DNA extraído do fígado e baço de todos os animais foram testados para ISKNV usando dois ensaios convencionais de reação em cadeia da polimerase (cPCR) e dois ensaios de nested PCR (nPCR). O DNA de ISKNV foi amplificado em todos os 12 extraídos de DNA dos peixes testados, em dois ou mais ensaios de PCR. Os amplicons de ISKNV selecionados foram confirmados pelo sequenciamento Sanger. As sequências de nucleotídeos derivadas desses animais eram idênticas às cepas de ISKNV previamente detectadas em espécies alimentares (ex. tilápias e carpas) e espécies ornamentais, incluindo cepas previamente detectadas em peixes do Brasil. Acredita-se que este é o primeiro relato de ISKNV nesses ciclídeos nativos brasileiros.

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Biografia do Autor

Ulisses de Pádua Pereira, Universidade Federal de Viçosa

Prof. em Laboratório de Bacteriologia de Peixes, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Francisco Eduardo Pereira Rocha, Universidade Estadual de Londrina

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Natália Amoroso Ferrari, Universidade Estadual de Londrina

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Leonardo Mantovani Favero, Universidade Estadual de Londrina

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Raffaella Menegheti Mainardi, Universidade Estadual de Londrina

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, UEL, Londrina, PR, Brasil

Mayza Brandão da Silva, Universidade Estadual de Londrina

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Amauri Alcindo Alfieri, Universidade Estadual de Londrina

Prof. Dr., Laboratório de Virologia Animal e Laboratório Multiusuário de Saúde Animal, Unidade de Biologia Molecular, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Pedro Henrique Oliveira Viadanna, University of Florida

Prof. Dr., Departamento de Doenças Infecciosas e Imunologia, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade da Flórida, Gainesville, FL 32611 EUA.

Thomas Waltzek

Prof. Dr., Departamento de Doenças Infecciosas e Imunologia, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade da Flórida, Gainesville, FL 32611 e Importação e Exportação de Animais Vivos, VS, APHIS, USDA, Gainesville, FL 32606, EUA.              

Alais Maria Dall Agnol, Universidade Estadual de Londrina

Profa. Dra., Laboratório de Bacteriologia de Peixes e Laboratório de Virologia Animal, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, UEL, Londrina, PR, Brasil.

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Publicado

2024-02-22

Como Citar

Pereira, U. de P., Rocha, F. E. P., Ferrari, N. A., Favero, L. M., Mainardi, R. M., Silva, M. B. da, … Dall Agnol, A. M. (2024). Primeiro relato do vírus da necrose infecciosa do baço e do rim (ISKNV) em dois ciclídeos nativos cultivados no Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 45(1), 239–250. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2024v45n1p239

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