Revestimentos comestíveis na conservação pós-colheita da laranja ‘Natal CNPMF 112’
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2023v44n1p329Palavras-chave:
Armazenamento, Atmosfera modificada, Cera vegetal, Citrus sinensis (L.) Osbeck, Própolis.Resumo
Os frutos cítricos apresentam prolongado período pós-colheita, no entanto, devido à perda de água, após colhidos, perdem a firmeza e ficam com pouco brilho na casca. Face ao exposto, objetivou-se neste trabalho determinar os efeitos dos revestimentos na conservação pós-colheita da laranja ‘Natal CNPMF 112’ com utilização de extratos de própolis aquoso e alcoólico e a cera de carnaúba em condição refrigerada. Frutos da laranjeira ‘Natal CNPMF 112’, enxertada em limoeiro ‘Cravo’, foram tratados com cera de carnaúba (100%) e extratos de própolis alcoólico e aquoso (30%). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com arranjo em parcelas subdivididas, sendo as parcelas constituídas pelos revestimentos mais a testemunha (água destilada), e as subparcelas pelo período de armazenamento (0, 10, 20 e 30 dias) a 12 ºC ± 2, com exceção para perda de massa, a qual foi avaliada a intervalos de três dias (0 a 30 dias). Avaliaram-se: perda de massa dos frutos, massa média dos frutos, sólidos solúveis, acidez titulável, ácido ascórbico, índice de maturação, pH e índice tecnológico. Conforme os resultados, observou-se que o extrato alcoólico de própolis promoveu menor perda de massa do fruto, bom índice de maturação e acidez equilibrada. As demais características não foram afetadas pelos revestimentos utilizados na conservação pós-colheita da laranja ‘Natal CNPMF 112’ refrigerada. Portanto, recomenda-se o extrato alcoólico de própolis para a conservação da laranja ‘Natal CNPMF 112’.
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