Estimativa da área foliar de feijão comum (Phaseolus vulgaris) por método não destrutivo
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2021v42n4p2163Palavras-chave:
Comprimento do folíolo, Fotos digitais, Modelo matemático, Phaseolus vulgaris.Resumo
O objetivo desse trabalho foi determinar modelos matemáticos para estimar a área foliar de feijão comum (Phaseolus vulgaris) em regime hídrico irrigado e não irrigado, a partir de dimensões lineares. Para isso, foi realizado um experimento em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x2 (três cultivares: Triunfo, Garapiá e FC 104; dois regimes hídricos: irrigado, não irrigado) com 25 repetições cada. Foram coletados 523 trifólios ao longo do ciclo da cultura, mensurando-se o comprimento (C) (cm), largura (L) (cm) e calculado o seu produto (CL) (cm²) do folíolo central do trifólio. Na sequência, a área foliar desses trifólios foi determinada pelos métodos de fotos digitais com auxílio do software ImageJ® e por discos foliares. Foi investigado o número de amostras necessárias para estimar a área foliar de um trifólio, e assim, determinar qual método é o mais preciso para ser usado como área foliar real na obtenção de equações para estimar a área foliar em feijão. A relação entre a área por fotos digitais e as dimensões do folíolo central do trifólio (C, L, CL) foram ajustadas por modelos lineares, quadráticos e de potência e a capacidade preditiva das equações foi avaliada através da raiz quadrada média do erro (cm2 trifólio-1), erro médio absoluto (cm2 trifólio-1), índice de concordância e coeficiente de correlação de Pearson. O tamanho de amostra variou entre as cultivares, regimes hídricos e métodos de avaliação. É mais adequado utilizar a área foliar calculada pelo ImageJ® como real para fins de comparação na determinação de modelos para estimar a área foliar por medidas lineares em feijão. A equação geral AF = 1,092C1,945 pode ser utilizada nos regimes testadas sem perda na precisão.Downloads
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