Agricultura sustentável: uso do método FAMACHA em ovinos Santa Inês no Semiárido do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2021v42n3Supl1p1647Palavras-chave:
Agricultura sustentável, Anti-helmíntico, Helmintos, Hematócrito, OPG.Resumo
A ovinocultura é de extrema importância na geração de renda para pequenos produtores de regiões semiáridas em todo o mundo. Helmintos gastrintestinais causam importantes danos a animais com precárias condições de criação, impactando nas economias locais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização do método FAMACHA (FMC) em um rebanho de 60 ovinos da raça Santa Inês no estado da Paraíba, Brasil, e comparar os dados com os de anos produtivos prévios. Para detectar ovinos anêmicos, o cartão FAMACHA foi utilizado quinzenalmente por 12 meses em todos os animais por profissionais treinados. Amostras de sangue e fezes foram coletadas mensalmente para determinar o volume globular (VG) e contagem de ovos por grama de fezes (OPG), respectivamente. Os animais foram divididos em: ovelhas secas, prenhes, lactantes, cordeiros e machos reprodutores. Haemonchus foi o gênero de helminto predominante (94,7%) durante todo o ano. Houve mais de 97% de sucesso na interpretação do FMC com 90 a 100% de eficácia na decisão de tratamento. Dentre as 1356 avaliações, em apenas 40 (3%) foi necessário tratamento anti-helmíntico, sendo 27 durante o período chuvoso e 13 durante o período seco. Foi observada correlação estatística significativa (P < 0,01) entre o OPG e VG para as categorias lactantes, solteiras e prenhas. Os presentes resultados validam o uso do FMC em ovinos Santa Inês, que é considerada uma raça resiliente nativa do semiárido do Brasil. Houve uma maior necessidade de uso anti-helmíntico nas categorias jovens e lactantes (P < 0,05). Os dados validaram o uso do FMC, em uma raça resiliente de ovinos no semiárido do Brasil. Recomendamos que os animais sejam examinados durante a estação chuvosa para prevenir a maioria das manifestações clínicas.Downloads
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