Estudo de metaloproteinases no sangue de caprinos experimentalmente infectados pelo vírus da artrite encefalite caprina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n6Supl2p3165

Palavras-chave:

Lentivírus, MMPs, Proteases, Zimografia.

Resumo

A encefalite por artrite caprina é uma doença lentiviral que leva a perdas consideráveis na criação de caprinos. Na fase aguda da infecção viral, embora os anticorpos antivirais sejam produzidos pelo sistema imunológico do hospedeiro, eles não são suficientes para serem detectados por testes sorológicos. As infecções agudas começam com um período de incubação, durante o qual o genoma viral se replica e as respostas inatas do hospedeiro são iniciadas. As metaloproteinases da matriz (MMPs) são enzimas que desempenham um papel importante nos processos fisiológicos e patológicos da remodelação tecidual. O presente estudo teve como objetivo avaliar a expressão de MMPs e sua atividade no soro sanguíneo de cabras experimentalmente infectadas pelo vírus da encefalite por artrite caprina (CAEV). Cinco cabras leiteiras, com idades entre 3-4 anos, foram inoculadas por via intravenosa com a cepa de CAEV Cork (título: 105-6 TCID50/mL) após serem testadas negativamente para CAEV três vezes em intervalos consecutivos de 30 dias usando a análise de western blot e nested-PCR. O estudo incluiu três etapas: estágio S1 ou pré-infecção; S2 ou estágio de soroconversão, correspondente à ocorrência de primeira soroconversão; e S3 ou pós-soroconversão, correspondendo a 23 semanas após a soroconversão. A zimografia foi realizada para as amostras utilizando gel de gelatina (12,5%), que foram submetidos à eletroforese em 170V, 1A e 300W por 50-70 min. Verificou-se que a densidade de MMP-2 era menor em S1 (1456,20 pixels) do que em S2 e S3 (1943,80 e 2104,40 pixels, respectivamente) (P < 0,05); e a densidade de MMP-9 foi menor em S3 (133,60 pixels) do que em S1 e S2 (359,60 e 370,60 pixels, respectivamente). A densidade do proMMP-2 era baixa em S1 e S3 (130,45 e 145,20 pixels, respectivamente). Por outro lado, a densidade do proMMP-9 foi estatisticamente diferente entre S1 e S3 (89,22 vs. 415,60 pixels). ProMMP-2 e proMMP-9 estavam ausentes no S2. Assim, MMP-2 e MMP-9 exibiram comportamentos opostos, dependendo do estágio da infecção. Como a maior atividade da MMP-2 foi detectada no estágio S3, sugerimos que a MMP-2 possa ser usada como biomarcador para o diagnóstico complementar de infecção aguda por CAEV. Além disso, a presença de proMMP-13 pode ser usada para indicar infecção viral ativa.

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Biografia do Autor

Ylana Santos de Galiza, Universidade Federal do Ceará

Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Universidade Federal do Ceará, UFC, Fortaleza, CE, Brasil.

Angela Maria Xavier Eloy, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Pesquisadora, Departamento de Sanidade Animal, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA CAPRINOS E OVINOS, Sobral, CE, Brasil.

Raymundo Rizaldo Pinheiro, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Pesquisador, Departamento de Sanidade Animal, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA CAPRINOS E OVINOS, Sobral, CE, Brasil.

Renato Mesquita Peixoto, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Dr., EMBRAPA CAPRINOS E OVINOS, Sobral, CE, Brasil. Bolsista de Desenvolvimento Científico Regional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (DCR-CNPq/FUNCAP), nível C, Brasília, DF, Brasil.

Ana Milena César Lima, Universidade Federal do Piauí

Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Universidade Federal do Piauí, UFPI, Teresina, PI, Brasil.

Maria Luane da Silva Barroso, Universidade Estadual Vale do Acaraú

M.e em Zootecnia, Universidade Estadual Vale do Acaraú, UVA, Sobral, CE, Brasil.

Luzianna Macedo Fonseca, Centro Universitário INTA

Discente do Curso de Graduação em Medicina Veterinária, Centro Universitário INTA, UNINTA, Sobral, CE, Brasil.

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Publicado

2020-11-06

Como Citar

Galiza, Y. S. de, Eloy, A. M. X., Pinheiro, R. R., Peixoto, R. M., Lima, A. M. C., Barroso, M. L. da S., & Fonseca, L. M. (2020). Estudo de metaloproteinases no sangue de caprinos experimentalmente infectados pelo vírus da artrite encefalite caprina. Semina: Ciências Agrárias, 41(6Supl2), 3165–3176. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n6Supl2p3165

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