Produção de mudas de jacaranda por miniestaquia
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n5supl1p1951Palavras-chave:
Ácido indolbutírico, Jacaranda mimosifolia D. Don, Propagação vegetativa.Resumo
Este trabalho teve por objetivo estudar a produção de mudas de jacarandá (Jacaranda mimosifolia D. Don) por miniestaquia. Para isso, foi estabelecido um minijardim clonal para o fornecimento de brotações para a confecção de miniestacas. Para o enraizamento adventício, as miniestacas foram tratadas ou não com solução hidroalcoólica de ácido indolbutírico na concentração de 0, 1000 e 2000 mg L-1 e cultivadas em casa de vegetação climatizada. A sobrevivência das miniestacas foi avaliada aos 30, 60 e 90 dias e o enraizamento, calos, brotação, área foliar, área de raiz, massa seca aérea, massa seca de raízes, massa seca total e massa seca aérea/raiz aos 90 dias. As miniestacas enraizadas foram tratadas com diferentes volumes de solução nutritiva (0, 25 e 50 mL) e avaliadas quanto à sobrevivência, altura, diâmetro, área foliar, área radicular, massa seca aérea, massa seca radicular e relação massa seca aérea/radicular das plantas após 30 dias de cultivo em casa de sombra e pleno sol. O jacarandá pode ser estabelecido em minijardim clonal para a produção de brotações necessárias para o preparo de miniestacas. As miniestacas enraízam em casa de vegetação e sem a necessidade de ácido indolbutírico. As mudas produzidas podem ser aclimatizadas em casa de sombra e rustificadas em pleno sol. Mudas de jacarandá podem ser produzidas por miniestaquia.Downloads
Referências
Bisognin, D. A., Bandinelli, M. G., Kielse, P., & Fischer, H. (2015). Rooting potential of minicuttings for the production of potato plantlets. American Journal of Plant Sciences, 6(2), 366-371. doi: 10.4236/ajps. 2015.62042
Bordin, I., Hidalgo, P. C., Bürkle, R., & Roberto, S. R. (2005). Efeito da presença da folha no enraizamento de estacas semilenhosas de porta-enxertos de videira. Ciência Rural, 35(1), 215-218. doi: 10.1590/ S0103-84782005000100035
Burin, C., Bisognin, D. A., Lencina, K. H., & Gimenes, E. S. (2018a). Early selection of Cabralea canjerana for propagation by mini-cutting. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 53(9), 1018-1024. doi: 10.1590/ s0100-204x2018000900005
Burin, C., Bisognin, D. A., Lencina, K. H., Somavilla, T. M., & Pedroso, M. F. (2018b). Enraizamento de miniestacas em diferentes épocas de coleta para a seleção de clones de canjerana. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, 13(2), 5530. doi: 10.5039/agraria.v13i2a5530
Dias, P. C., Xavier, A., Oliveira, L. S., Paiva, H. N., & Correia, A. C. G. (2012). Propagação vegetativa de progênies de meios-irmãos de angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa (Benth) Brenan) por miniestaquia. Revista Árvore, 36(3), 389-399. doi: 10.1590/S0100-67622012000300001
Fernandes, S. P. S., Arriel, E. F., Almeida, E. P., Araujo, A. N., Arriel, D. A. A., & Justino, S. T. P. (2017). Altura de decepa para estabelecimento de minijardim clonal de nim (Azadirachta indica A. Juss). Agropecuária Cientifica no Semiárido, 13(1), 67-71. doi: 10.30969/acsa.v13i1.780
Ferreira, M. S., Santos, J. Z. L., Tucci, C. A. F., & Costa, L. V. (2017). Crescimento inicial de itaúba e macacaúba em recipientes de diferentes tamanhos. Ciência Florestal, 27(2), 499-508. doi: 10.5902/ 1980509827731
Ferriani, A. P., Ribas-Zuffellato, K. C., & Wendling, I. (2010). Miniestaquia aplicada a espécies florestais. Agro@mbiente On-line, 4(2), 102-109. doi: 10.18227/1982-8470ragro.v4i2.363
Gimenes, E. S., Kielse, P., Lencina, K. H., Fleig, F. D., Keathley, D. E & Bisognin, D. A. (2015). Propagation of Cabralea canjerana by minicuttings. Journal of Horticulture and forestry, 7(1), 8-15. doi: 10.5897/JHF2014.0367
Gomes, J. M., & Paiva, H. N. de. (2011). Viveiros florestais: propagação sexuada. (Série didática). Viçosa: Ed. UFV.
Hartmann, H. T., Kester, D. E., Davies, F. T., & Geneve, R. L. (2011). Plant propagation: principles and practices (8nd ed.). Nova Jersey: Prentice-Hall.
Hoagland, D. R., & Arnon, D. I. (1950). The water-culture method for growing plants without soil. (Circ. 347). Califórnia: California Agricultural Experiment Station., Univ. of California.
Jacobs, D. F., & Landis, T. D. (2009). Fertilization. In R. K. Dumroese, T. Luna, & T. D. Landis (Eds.), Nursery manual for native plants: a guide for tribal nurseries (Vol. 1, pp. 15-25). Washington: Nursery management. Agriculture Handbook 730. Department of Agriculture, Forest Service.
Lorenzi, H., Souza, H. M., & Torres, M. A. V. (2003). Árvores exóticas do Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora.
Mantovani, N., Roveda, M., Tres, L., Fortes, F. de O., & Grando, M. F. (2017). Cultivo de canafístula (Peltophorum dubium) em minijardim clonal e propagação por miniestacas. Ciência Florestal, 27(1), 225-236. doi: 10.5902/1980509826461
Maruyama, E., Ishii, K., Saito, A., & Ohba, K. (1993). Micropropagation of Jacaranda (Jacaranda mimosaefolia D. Don) by shoot-tip culture. Journal of the Japanese Society for Horticultural Science, 75(4), 346-349. doi: 10.11519/jjfs1953.75.4_346
Melo, L. M., Abreu, A. H. M. de, Leles, P. S. S. de, Oliveira, R. R. de, & Silva, D. T. da. (2018). Qualidade e crescimento inicial de mudas de Mimosa caesalpiniifolia Benth. produzidas em diferentes volumes de recipientes. Ciência Florestal, 28(1), 47-55. doi: 10.5902/1980509831574
Miyajima, I., Mata, D., Kobayashi, N., Facciiuto, G., Soto, S., Hagiwara, J. C.,... Escadon, A. (2004). Practical Method of Propagating Jacaranda mimosifolia by cuttings. Journal of the Japanese Society for Horticultural Science, 73(2), 137-139. doi: 10.2503/jjshs.73.137
Oliveira, T. P. F., Barroso, D. G., Lâmonica, K. R., & Carvalho, G. C. M. W. (2016). Aplicação de AIB e tipo de miniestaca na produção de mudas de Handroanthus heptaphyllus Mattos. Ciência Florestal, 26(1), 299-306. doi: 10.5902/1980509821128
Paiva, H. N., & Gomes, J. M. (2011). Propagação vegetativa de espécies florestais. Viçosa: Ed. UFV.
Penso, G. A., Sachet, M. R., Maro, L. A. C., Patto, L. S., & Citadin, I. (2016). Propagação de oliveira ‘Koroneiki’ pelo método de estaquia em diferentes épocas, concentrações de AIB e presença de folhas. Ceres, 63(3), 355-360. doi: 10.1590/0034-737X201663030012
Pimentel, N., Lencina, K. H., Pedroso, M. F., Somavilla, T. M., & Bisognin, D. A. (2017). Morphophysiological quality of yerba mate plantlets produced by minicuttings. Semina: Ciências Agrárias, 38(6), 3515-3528. doi: 10.5433/1679-0359.2017v38n6p3515
R Core Team (2017). R: A language and environment for statistical computing. Vienna, Austria: R Foundation for Statistical. Computing.
Rodrigues, M. B., Pimentel, N., Lencina, K. H., Kielse, P., & Bisognin, D. (2017). Enraizamento de miniestacas de ipê-roxo (Handroanthus heptaphyllus Vell. Mattos). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 19(1), 129-137.
Silva, A. S., Reges, N. P. R., Melo, J. K., Santos, M. P., & Sousa, C. M. (2015). Enraizamento de estacas caulinares de ixora. Ornamental Horticulture, 21(2), 201-208. doi: 10.14295/aohl.v21i2.656
Silva, R. L., Oliveira, M. L., Monte, M. A., & Xavier, A. (2010). Propagação clonal de guanandi (Calophyllum brasiliense) por miniestaquia. Agronomiá Costarricense, 34(1), 99-104.
Taiz, L., & Zeiger, E. (2013). Fisiologia vegetal (5a ed.). Porto Alegre: Artmed.
Tonetto, T. da S., Araujo, M. M., Muniz, M. F. B., Walker, C., & Berghetti, A. L. P. (2015). Storage and germination of seeds of Handroanthus heptaphyllus (Mart.) Mattos. Journal of Seed Science, 37(1), 40-46. doi: 10.1590/2317-1545v37n1141116
Wendling, I., Dutra, L. F., & Grossi, F. (2006). Produção de mudas de espécies lenhosas. Colombo: EMBRAPA Florestas.
Xavier, A., Wendling, I., & Silva, R. L. (2013). Silvicultura clonal: princípios e técnicas (2a ed.). Viçosa: Editora UFV.
Zottele, L., & Aoyama, E. M. (2014). Morfoanatomia e enraizamento de estacas caulinares de Justicia wasshauseniana Profice (Acanthaceae). Natureza Online, 12(4), 179-184.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Semina: Ciências Agrárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Semina: Ciências Agrárias adota para suas publicações a licença CC-BY-NC, sendo os direitos autorais do autor, em casos de republicação recomendamos aos autores a indicação de primeira publicação nesta revista.
Esta licença permite copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato, remixar, transformar e desenvolver o material, desde que não seja para fins comerciais. E deve-se atribuir o devido crédito ao criador.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.