Qualidade microbiológica, detecção de genes de enterotoxinas e resistência antimicrobiana de Staphylococcus aureus isolados de leite e queijo de Coalho
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n5p1957Palavras-chave:
Resistência antimicrobiana, Produtos lácteos, Queijo de coalho, Genes de enterotoxinas estafilocócicas, Staphylococcus aureus.Resumo
Este estudo avaliou a qualidade microbiológica de amostras de leite e queijo de Coalho, a prevalência de genes das enterotoxinas, a resistência antimicrobiana e o fenótipo de resistência MLSB por meio do D-teste, em cepas de Staphylococcus aureus isoladas destes produtos. Foram analisadas 70 amostras de leite e queijo de coalho. Cepas de S. aureus foram identificadas por meio de testes bioquímicos. A presença de genes se (sea-see) foi verificada pela técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR). A sensibilidade antimicrobiana das cepas de S. aureus foi avaliada para 13 antimicrobianos, utilizando a técnica de difusão em disco e o ensaio de difusão de disco duplo (D-teste), para determinar o fenótipo de resistência induzível à lincosamidas. A quantidade de enterotoxina estafilocócica suficiente para causar a intoxicação alimentar é geralmente observada quando a população de estafilococos excede a contagem de 105 UFC mL-1 g-1. Neste estudo, nenhuma das amostras de leite analisadas apresentou esta contagem, entretanto, 73,3 % (22/30) das amostras de queijo de Coalho ultrapassaram este valor. Um total de 109 isolados foram identificados como S. aureus. A presença de genes de enterotoxinas foi detectada em 25,7% destas estirpes, ocorrendo amplificação apenas para o gene sec. A maioria destas bactérias (78,5 %) apresentaram resistência a um ou mais de dois agentes antimicrobianos. O D-teste demostrou que 25,0 % dos isolados resistentes à eritromicina tinham o fenótipo de resistência constitutiva e 3,8 % tinham o fenótipo de resistência induzível à clindamicina. Estes resultados indicam que estes produtos lácteos representam um risco para a saúde, desde que essas bactérias podem causar doenças de origem alimentar ou podem ser um possível caminho para a transferência de cepas resistentes aos antimicrobianos para os seres humanos.Downloads
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