Degradabilidade ruminal de leguminosas tropicais da Amazônia Oriental
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n2p845Palavras-chave:
Degradação, Proteína bruta, Matéria seca, Fibra em detergente neutro.Resumo
Objetivou-se avaliar os parâmetros relativos a degradação ruminal da matéria seca (MS), da proteína bruta (PB) e da fibra em detergente neutro (FDN) contidas nas amostras de leguminosas Cratylia argentea, Flemingia macrophylla (Willd) Merril e Stylosanthes guyanensis cv Campo Grande (EMBRAPA), com idades de 55 e 75 dias, em ovinos com cânulas ruminais, pela técnica “ in situ”. Utilizou-se um arranjo fatorial de 3 leguminosas x 2 idades x 6 tempos de incubação, totalizando 36 unidades experimentais. O período experimental foi de 14 dias de adaptação à dieta e cinco de coleta de dados. Para a degradabilidade da MS, a Cratylia, em ambas as idades e a Flemingia, com 55 dias, destacaram-se com maior fração “a”. Para a fração “a” da PB, as leguminosas Cratylia aos 55 dias e Stylosanthes, de ambas as idades, se destacaram com os maiores valores. O maior valor da fração “b” da MS foi encontrado para a Stylosanthes aos 55 dias, com 51,27%. Nas demais leguminosas, essa taxa foi menor, destacando-se a Flemingia em ambas as idades. Os valores de fração “b” da FDN da Flemíngia são considerados baixos, deduzindo-se ser de menor degradação no rúmen. A maior taxa de degradação da fração “c” da MS foi observada em todas as leguminosas estudadas na idade de 75 dias. Para a fração “c” da PB, o maior valor foi de 14,84%, da leguminosa Stylosanthes, de 75 dias. Os maiores valores da fração “kd” da MS, da FDN e da PB foi da Flemingia. Quanto à degradabilidade efetiva (DE) da MS às 2 e 5%/hora, as leguminosas Cratylia e Stylosanthes, de 75 dias, apresentaram valores superiores em relação à Flemingia, em ambas as idades. Para a DE da FDN, as leguminosas Cratylia e Stylosanthes tiveram os maiores valores, independente da taxa de passagem. A leguminosa Stylosanthes de ambas as idades apresentou maiores valores de DE da PB, em todas as taxas de passagem apresentadas. A maior degradabilidade potencial da MS, FDN e PB obtida foi para a Cratylia e Stylosanthes, em ambas as idades. As leguminosas Cratylia e Stylosanthes podem ser recomendadas para formação de banco de proteína e suplementação alimentar de ruminantes. Já a Flemingia macrophylla (Willd) Merril, por apresentar elevados teores da frações fibrosas, deve ser evitada como fonte suplementar protéica na dieta de ruminantes.Downloads
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