Minhocas e Fusarium oxysporum: efeito no crescimento e produção do morangueiro

Autores

  • Mario Gámiz Infante Universidad de Sevilla
  • Manuel Avilés Guerrero Universidad de Sevilla
  • Celia Borrero Vega Universidad de Sevilla
  • Wilian Carlo Demetrio Universidade Federal do Paraná
  • Jair Alves Dionísio Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n4p1437

Palavras-chave:

Lumbricus terrestris, Fusarium oxysporum f. sp. fragariae, Interação, Microrganismos.

Resumo

Minhocas são invertebrados do solo que participam de importantes funções ambientais e são consideradas “engenheiros do ecossistema”. Estes animais podem influenciar diversos organismos, desde formas microscópicas até mesmo plantas. Embora muitos trabalhos citem efeitos positivos da atividade de minhocas no crescimento das plantas, estudos combinando estes invertebrados e patógenos de solo têm demonstrado inúmeras interações. A murcha-de-fusarium é uma doença mundialmente difundida capaz de causar grandes danos ao morangueiro, e seu controle geralmente é ineficiente. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da inoculação de minhocas (Lumbricus terrestris) e murcha de fusarium (Fusarium oxysporum f. sp. fragariae) em plantas de morango. O experimento foi conduzido em ambiente protegido na Escola de Engenharia Agrícola da Universidade de Sevilha, Utrera - Espanha. Plantas de morango (estacas enraizadas) foram plantadas em vasos plásticos e submetidas aos seguintes tratamentos: Controle (ausência de F. oxysporum f. sp. fragariae e minhocas), T1 (ausência de F. oxysporum f. sp. fragariae, duas L. terrestris por vaso), T2 (inóculo de F. oxysporum f. sp. fragariae, ausência de L. terrestris) e T3 (inóculo de F. oxysporum f. sp. fragariae e duas L. terrestris). A produção de frutos foi semanalmente mensurada durante sete meses. Após este período, foram avaliadas a matéria seca da parte aérea e o conteúdo de nutrientes das folhas. Os resultados obtidos não demonstraram entre L. terrestris e F. oxysporum f. sp. fragarie na produção de frutos. Mas, o tratamento T1 apresentou produção superior a todos os outros tratamentos, incluindo o controle. Foram observadas pequenas diferenças no conteúdo de nutrientes das folhas e não se verificou efeito das minhocas na massa seca da parte aérea. A inoculação de minhocas não foi capaz de reduzir os efeitos negativos da murcha de fusarium na produção do morangueiro. Entretanto, foram observados efeitos positivos, tais como redução da severidade da doença. No tratamento sem inóculo de F. oxysporum f. sp. fragariae, a presença de minhocas aumentou a produtividade das plantas em 44,21 g por vaso, comparado com o tratamento controle.

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Biografia do Autor

Mario Gámiz Infante, Universidad de Sevilla

Discente, Departamento de Ciencias Agroflorestales, Universidad de Sevilla, Sevilla, España.

Manuel Avilés Guerrero, Universidad de Sevilla

Prof. Dr., Departamento de Ciencias Agroflorestales, Universidad de Sevilla, Sevilla, España.

Celia Borrero Vega, Universidad de Sevilla

Drª, Departamento de Ciencias Agroflorestales, Universidad de Sevilla, Sevilla, España.

Wilian Carlo Demetrio, Universidade Federal do Paraná

Discente, Curso de Doutorado do Programa de Pós-Gradução em Ciência do Solo, Universidade Federal do Paraná, UFPR, Curitiba, PR, Brasil.

Jair Alves Dionísio, Universidade Federal do Paraná

Prof. Dr., Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, UFPR, Curitiba, PR, Brasil.

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Publicado

2018-08-02

Como Citar

Infante, M. G., Guerrero, M. A., Vega, C. B., Demetrio, W. C., & Dionísio, J. A. (2018). Minhocas e Fusarium oxysporum: efeito no crescimento e produção do morangueiro. Semina: Ciências Agrárias, 39(4), 1437–1446. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n4p1437

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