Aspectos ambientais e infecciosos relacionados à imunossupressão em cetáceos: uma breve revisão

Autores

  • Mariana Schechtel Koch Universidade Estadual de Londrina http://orcid.org/0000-0002-1838-5987
  • Victor de Pasquale da Silva Universidade Estadual de Londrina
  • Ana Paula Frederico Rodrigues Loureiro Bracarense Universidade Estadual de Londrina
  • Camila Domit Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n6p2897

Palavras-chave:

Adrenais, Impactos antrópicos, Linfonodos, Mamíferos marinhos.

Resumo

A análise do estado de saúde de animais sentinela é elemento-chave para avaliação das condições da saúde ecossistêmica, pois estes animais respondem a mudanças em pequena e larga escala em fatores ecológicos e da qualidade do ambiente. No ambiente marinho, as alterações são sistêmicas e acumulam impactos das zonas costeiras e de atividades oceânicas, sendo os mamíferos aquáticos espécies que refletem as mudanças em parâmetros biológicos e de saúde. Para estes animais diversos estudos vêm relatando um aumento da frequência e diversidade de doenças, incluindo infecções por patógenos provenientes do ambiente terrestre. Este aumento pode estar relacionado ao comprometimento da atividade do sistema imunológico destes organismos em resposta à potenciais fatores sinérgicos. Em cetáceos, a imunossupressão pode ter como causas a infecção por agentes virais, como o Morbillivirus, que induz severa depleção linfoide e é responsável por diversos casos de mortalidade em massa; a contaminação química, destacando os organoclorados e elementos traço (principalmente o mercúrio e o cádmio); e mesmo pelo estresse crônico. Impactos antrópicos são importantes agentes estressores, sendo mais evidentes as consequências em animais de hábitos costeiros, os quais acarretam uma constante liberação de hormônios glicocorticoides e consequente depleção linfoide, mecanismo semelhante ao que ocorre nos mamíferos terrestres. Os animais imunossuprimidos são vulneráveis às doenças oportunistas, algumas mais severas e raras, com risco de dizimar populações. O objetivo desta revisão foi compilar informações sobre os aspectos relacionados à imunossupressão em cetáceos, associando fatores etiológicos e achados patológicos, e destacar a relevância da avaliação do sistema endócrino e imunológico em animais marinhos como reflexo do estado de saúde dos ecossistemas marinhos.

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Biografia do Autor

Mariana Schechtel Koch, Universidade Estadual de Londrina

Bióloga, M.e, Laboratório de Patologia Animal, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Victor de Pasquale da Silva, Universidade Estadual de Londrina

Discente de Graduação em Medicina Veterinária, Laboratório de Patologia Animal, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Ana Paula Frederico Rodrigues Loureiro Bracarense, Universidade Estadual de Londrina

Médica Veterinária, Profª Drª Associado, Laboratório de Patologia Animal, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Camila Domit, Universidade Federal do Paraná

Bióloga, Drª, Pesquisadora do Laboratório de Ecologia e Conservação, Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná, UFPR, PR, Brasil.

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Publicado

2018-11-30

Como Citar

Koch, M. S., Silva, V. de P. da, Bracarense, A. P. F. R. L., & Domit, C. (2018). Aspectos ambientais e infecciosos relacionados à imunossupressão em cetáceos: uma breve revisão. Semina: Ciências Agrárias, 39(6), 2897–2918. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n6p2897

Edição

Seção

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